Independente lança rebranding e em breve dois hotéis
O grupo The Independente Collective começou a sua atividade no mercado com os hostels e suites, contando até hoje com duas unidades nas principais cidades: no Príncipe Real, em Lisboa, e junto ao rio Douro, no Porto. Com isso, quis trazer a restauração à mistura, com a abertura do The Decadente, que passa pelas mãos do chef David Vieira e o The Insólito.
Foi nesta quinta-feira, 2 de fevereiro, que 10 anos depois, os irmãos d’Eça Leal lançaram o rebranding, agora o Independente, em ambiente de convívio com cocktails e aperitivos da autoria do chef do The Decadente – lema que o grupo, garante Bernardo d’Eça Leal, quer manter em registo, o “desenho das áreas para contacto social”.
A nova imagem do Independente é o reflexo de um trabalho de expansão, idealizado ao longo dos últimos anos. E traz novidades.
Ainda em 2023 irá inaugurar o registo hoteleiro do grupo, com a abertura de duas unidades, uma em Lisboa, junto ao Elevador da Bica, e outro em Muda, na Comporta, num investimento conjunto de cerca de quatro milhões de euros.
Bernardo d’Eça Leal ainda não adianta muitas informações sobre os novos hotéis e quer manter uma parte do mistério até às datas de inauguração. Porém, garante que ambos os espaços manterão a linha da marca Independente, “o design led, a qualidade do serviço, o contacto social e colocar o cliente no centro da atividade”.
A aposta na hotelaria e a expansão do mercado além dos hostels é uma forma de “modernizar e simplificar a marca”, diz um dos responsáveis do grupo, pois “queremos tentar tornar a marca mais reconhecível ao público em geral, apesar do crescimento orgânico da mesma”, explica.
“A ideia é democratizar o acesso a um produto de alta qualidade”
Com esta mudança. Bernardo d’Eça Leal confirma que o Independente irá dobrar o número de colaboradores, de 120 para 240, e espera igualmente, ainda este ano, passar a receita do grupo de cinco milhões de euros para os 13,5 milhões.
À conversa com a Ambitur.pt, admite que 2022 foi “o melhor ano de sempre” a nível de faturação e que se “notou uma procura fortíssima pelo contacto”. Por isso, o Independente está “otimista” para 2023, apesar do atraso da pandemia e agora da guerra na Ucrânia, que faz subir os preços da energia, e da inflação.
Depois da estabilização, Bernardo d’Eça Leal acredita que as pessoas “vão aceder ainda mais” aos hostels e hotéis, mas frisa que “nunca deixaram de aceder”, mesmo tendo em conta o panorama complicado dos últimos anos – um fenómeno que o surpreende.
De olhos e mãos na abertura das duas novas unidades hoteleiras, a ideia do Independente será continuar a expandir pelo país, caso os resultados continuem “neste sentido positivo”. A procura por subdestinos poderá ser uma prioridade para a marca, tentando fugir um pouco dos grandes centros como Lisboa, Porto e Algarve.
A nível internacional, depende do feedback dos próximos anos, mas é para já um sonho.
Sobre os novos hotéis…o que já sabemos
O hotel da Bica é um alojamento que celebra a Ásia e conta com 42 quartos de design de interiores japonês.
Terá ainda um bar informal, igualmente japonês, um izakaya, com bar de vinhos e coffehouse. Além disso, terá um restaurante de grelhados yakitori, com decoração contemporânea entre um labirinto de painéis de papel.
O novo conceito é “um hotel dentro de um hotel”, uma parceria com a Mateus Rosé, onde o terceiro piso será preenchido pelo cor-de-rosa.
O novo hotel na Comporta irá fugir à azafama das cidades e será o sítio ideal para quem quer relaxar, num sítio inspirado na cultura de aldeia com 12 hectares.
A propriedade conta com 34 villas e um hotel com 40 quartos e suites, ideal para unir famílias e amigos, enquanto desfruta do restaurante principal, da piscina, do bar com zona de pizza e barbecue/churrasco e muitas outras atividades para todas as idades, como o mercado semanal, concertos e o ocasional film-noir.
Por Redação Ambitur.