Três adegas do Alentejo entre as 50 melhores do mundo segundo a revista Forbes

A revista norte-americana Forbes acaba de divulgar o ranking “The World’s 50 Best Wineries 2025”, elaborado em parceria com os especialistas da Virgin Wines, distinguindo as 50 melhores adegas do mundo. Entre elas estão cinco projetos portugueses, três dos quais localizados no Alentejo: Herdade do Sobroso, Fitapreta (na foto) e Torre de Palma.

O ranking destaca adegas que se distinguem pela combinação entre história, qualidade dos vinhos, aposta na sustentabilidade e excelência da experiência oferecida aos visitantes.

“Ter três adegas do Alentejo num top 50 mundial é um reconhecimento extraordinário”, afirma José Manuel Santos, presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (ARPTA). “Confirma aquilo que muitos visitantes já sentem no terreno: o Alentejo é hoje uma das regiões vínicas mais interessantes da Europa, onde autenticidade, inovação e hospitalidade andam de mãos dadas.”

Portugal está representado no ranking com cinco projetos: Herdade do Sobroso (Alentejo), Fitapreta (Alentejo), Torre de Palma (Alentejo), Quinta do Bomfim (Douro) e Quinta da Aveleda (Vinhos Verdes).

“Para uma região relativamente pequena a nível mundial, concentrar três dos cinco projetos portugueses distinguidos pela Forbes é muito significativo,” sublinha José Manuel Santos. “Mostra a consistência do trabalho que tem sido feito pelos produtores, quer na qualidade dos vinhos, quer na criação de experiências de enoturismo que respeitam a paisagem, a cultura local e o ritmo próprio do Alentejo.”

Localizada junto ao Alqueva, a Herdade do Sobroso alia a produção de vinhos de autor a um wine hotel inserido em plena paisagem alentejana, com provas de vinhos, programas na natureza e uma forte ligação ao território.

A Fitapreta, instalada num antigo paço do século XIV às portas de Évora, é um projeto pioneiro liderado pelo enólogo António Maçanita, com forte aposta na recuperação de castas históricas e numa abordagem contemporânea ao Alentejo.

Já a Torre de Palma Wine Hotel & Winery, no Alto Alentejo, combina um hotel de design, inspirado nas antigas casas senhoriais alentejanas, com uma adega boutique que valoriza a tradição e o terroir, oferecendo programas completos de enoturismo.

Em 2026, o Baixo Alentejo será Capital Europeia do Vinho, título atribuído pela Associação de Municípios Portugueses do Vinho a uma candidatura conjunta de 13 municípios, reforçando o papel da região como embaixadora dos vinhos europeus.

No mesmo ano, o Alentejo foi escolhido pela Global Wine Tourism Organization (GWTO) para acolher o “GWTO Global Summit 2026”, a principal cimeira mundial dedicada ao enoturismo, que integrará a programação oficial da Capital Europeia do Vinho 2026 atribuída ao Baixo Alentejo.

“Quando olhamos para este contexto — três adegas no top 50 mundial da Forbes, o Baixo Alentejo como Capital Europeia do Vinho 2026 e a escolha do Alentejo para receber o GWTO Global Summit — percebemos que há aqui uma história coerente de afirmação internacional,” reforça José Manuel Santos. “O Alentejo está a dar cartas no enoturismo responsável e de qualidade, e isso é uma excelente notícia para os produtores, para o território e para o país.”

Nos últimos anos, a estratégia de promoção turística do Alentejo tem colocado o vinho e a gastronomia no centro da comunicação internacional, integrando-os com a oferta de paisagem, aldeias históricas, património classificado pela UNESCO e experiências ao ar livre ao longo de todo o ano. A distinção das adegas alentejanas pela Forbes, a Capital Europeia do Vinho 2026 no Baixo Alentejo e a realização do GWTO Global Summit 2026 na região vêm consolidar o Alentejo como um dos destinos de
enoturismo mais relevantes à escala global.