Turismo de Portugal aposta no Crescimento Inteligente do sector

Quando se perspectiva o sector do turismo num horizonte de cinco anos, as tecnologias que apoiam o sector são, cada vez mais, elementos estruturais. Esta foi a premissa que levou o Turismo de Portugal a apoiar o desenvolvimento do Estudo “Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica (TICE) em Turismo”, que será apresentado dia 26 de Março, num seminário que decorre no Museu Interactivo dos Descobrimentos Portugueses, no Porto.Promovido pelo ‘Pólo de Competitividade e Tecnologia TURISMO 2015’ e desenvolvido pela ‘IDTOUR – Unique Solutions’, o estudo congrega uma vasta análise documental e uma intensiva prospecção das tendências que vão influenciar o turismo no médio e longo prazo. O relatório reflecte ainda os resultados de uma auscultação pública a empresas e organizações do sector, permitindo traçar um cenário da realidade, necessidades e prioridades de intervenção do sector relativamente às TICE.A crescente importância da internet como canal de comunicação, informação e comercialização, assim como da conectividade e redes sociais, a generalização de novos canais e sistemas de reservas e pagamento, a automatização crescente das operações e processos de gestão são apenas algumas das muitas tendências que ditam a necessidade de qualificar a oferta turística nestas áreas e uma das razões que reforçam a pertinência do estudo.“Esta necessidade de qualificação integra-se no âmbito do que, no Turismo de Portugal, designamos de ‘Crescimento Inteligente’ e que assenta essencialmente em três vertentes: no reforço da investigação, desenvolvimento e inovação, na melhoria do acesso às tecnologias da informação e comunicação e no reforço da competitividade das pequenas e médias empresas”, sublinha João Cotrim de Figueiredo, presidente do Turismo de Portugal.De acordo com as conclusões preliminares do estudo, salienta-se a relevância crescente das soluções de base tecnológica para dar resposta ao perfil do novo consumidor turístico e para apoiar uma maior articulação nas diferentes fases que apoiam a tomada de decisão do turista, desde o sonho à experiência e recomendação.Vasco Lagarto, presidente do Pólo de Competitividade e Tecnologia – TICE.pt e orador no seminário, reforça a urgência das empresas do sector em conseguirem modernizar-se e procurar modelos associativos de cooperação com as entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (SCTN) que lhes permitam promover e integrar estas tecnologias e inovação de forma mais eficiente.“Embora muito esteja a ser feito pelos operadores turísticos, temos consciência de que o facto de este ser um sector muito pulverizado – com muitas microempresas e pequenas empresas dispersas – não ajuda a um acesso mais amplo aos incentivos existentes e previstos, inclusive, no âmbito dos fundos comunitários”, refere João Cotrim de Figueiredo, sublinhando que o levantamento feito por este estudo confirma que faz sentido a criação de uma estratégia transversal que possa responder às necessidades das empresas do sector, apoiando-as nas suas soluções tecnológicas e inovação.Durante a tarde, serão apresentadas recomendações e soluções a adoptar pelos vários agentes do turismo, tendo em consideração as prioridades definidas nos fundos estruturais para o horizonte 2014/2020 nas TICE, integradas na iniciativa “Turismo 2020”.Consulte aqui o programa: Seminário TICEEntrada livre, sujeita a inscrições através deste link: https://inqueritos.turismodeportugal.pt/index.php/641819/lang-pt