Turismo náutico em destaque no próximo Plano Regional do Turismo

“Que outra região europeia pode oferecer, numa mesma visita e a curta distância, ondas para a prática de surf como a Ericeira ou uma riqueza sub-aquática única para os amantes de mergulho como Sesimbra?”, começou por constatar Vítor Costa, director-geral da Associação Turismo de Lisboa, que falava, ontem à tarde, na inauguração da III Feira Náutica do Tejo, em Lisboa. Para o responsável, “a relação da cidade de Lisboa com o mar e com os rios é precisamente um dos elementos distintivos que compõem a proposta de valor enquanto destino turístico. Na entidade regional de turismo da Região de Lisboa sabemos que a possibilidade de utilização de recursos como os rios Tejo e Sado e a costa marítima são hoje uma mais-valia para a atracção de variadíssimos eventos, alguns deles de referência mundial”. Por estas razões, “o próximo Plano Regional do Turismo, que estamos a elaborar, vai eleger o turismo náutico nas suas várias vertentes como um dos produtos com maior capacidade de desenvolvimento da nossa região e com maior potencial de contribuição, que poderá colocar um novo patamar no contexto competitivo internacional”, afirma Vítor Costa, acrescentando que, “estamos convencidos que, este plano, além da definição de uma adequada estratégia, incluirá também um programa concreto visando a estruturação deste produto à escala regional com o envolvimento de todos os parceiros interessados, e é neste contexto, no decurso destes trabalhos, que esta feira pela sua temática, conteúdo e qualidade das participações, tem um importante papel a desempenhar este ano e no futuro”.Na mesma ocasião, Assunção Cristas, Ministra da Agricultura e do Mar, afirmou que, “de facto, quando vemos em Lisboa os cruzeiros que entram e entram cada vez mais, quando vemos os eventos desportivos que se vão afirmando, seja a Volvo Ocean Race, seja olhando para aquilo que acontece nos fins-de-semana e, quando, em vezes, o Tejo se enche de embarcações, percebemos que alguma coisa está a mudar. Está a mudar o nosso mar e fruto de um trabalho de associações, de actividades diversas do Estado, de universidades, escolas, da sociedade civil, que se vão empenhando para que isto seja verdade”.Para a ministra da Agricultura e do Mar, e de acordo com o que diz“a Estratégia Nacional do Mar, este vai estar cada vez mais na nossa identidade, na nossa história, na nossa cultura, no nosso passado, mas que precisamos que esteja cada vez mais presentificada no nosso dia-a-dia, na nossa economia, nas nossas empresas, nos nossos postos de trabalho, no nosso lazer. Isso tudo está a começar a acontecer, a Estratégia Nacional do Mar mostra toda a sua transversalidade”.Por Raquel Pedrosa Loureiro