Turismo religioso com “contributo muito expressivo” para os três objetivos estratégicos da ET 2027

Decorrem hoje e amanhã, em formato virtual, os IX IWRT – International Workshops on Religious Tourism, organizados pela Aciso – Associação Empresarial Ourém Fátima. Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, participou na sessão de encerramento da conferência desta manhã e fez questão de sublinhar que o Governo continua comprometido em trabalhar com este setor, depois de um “capítulo penoso” provocado pela pandemia da Covid-19. A responsável não deixa de frisar que “a pandemia veio aguçar ainda mais o motivo de viagem espiritual” e que acaba por criar “uma janela de oportunidade para reforçar esta dimensão”.

Recordando o recente lançamento do Plano Reativar Turismo-Construir Futuro e do Plano Turismo + Sustentável, a governante confirma que ambos estão totalmente alinhados com a Estratégia de Turismo 2027, desenhada em 2016/17, que “continua muito oportuna”. E aponta como três grandes objetivo estratégicos termos turismo todo o ano, turismo em todo o território e um continuado crescimento em valor. Para Rita Marques, “o turismo religioso encerra em si mesmo um contributo muito expressivo nestas três dimensões”, explicando que “quem nos procura neste segmento fá-lo durante todo o ano, não só nas épocas altas”, sendo por isso um produto turístico que deve continuar a ser trabalhado. Além do primeiro objetivo, o turismo religioso “percorre vários territórios e elimina fronteiras”. E assim, acrescenta a oradora, “o segundo desiderato de ter turismo em todo o território ganha uma nova expressão”. Por fim, a responsável salienta que o turismo religioso é fundamental na diversificação dos mercado emissores, lembrando que os Caminhos da Fé Marianos, os Caminhos de Santiago, entre outros, “estão muito vocacionados para mercados de longo curso”, nomeadamente na região asiática, sendo que proporcionam assim um crescimento em valor.

Rita Marques pega ainda na questão de o turismo religioso ser um importante produto turístico pois permite cross selling com outro tipo de ofertas turísticas, como é o caso do turismo de natureza ou cultura, o turismo gastronómico, sendo produtos complementares para tornar a experiência de quem nos visita mais rica.

A secretária de Estado do Turismo destaca igualmente que tem havido, da parte do Governo, uma preocupação com a recuperação do património religioso, recorrendo a programas como o Revive e o Valorizar.