Um convite para explorar o Alentejo sobre duas rodas ou a pé

Viajar pelo Alentejo é sempre um convite a desfrutar da natureza no seu estado mais puro, neste caso, de uma diversidade de planícies, ribeiras, mar e campos que não deixam ninguém indiferente. Sempre presentes estão os três elementos – Terra, Água e Ar – com paisagens genuínas que lhe dão a conhecer o verdadeiro Alentejo.

A nossa proposta é que explore o Alentejo sobre duas rodas, nas ecopistas, ciclovias e trilhos que atravessam este território; ou simplesmente passo a passo, mochila às costas e botas calçadas, percorrendo os muitos quilómetros que o levam do pó à pedra, da montanha ao rio e ao mar.

Conhecer a região a pedalar

No Alentejo não faltam opções para quem gosta de pedalar. Se a sua intenção é aproveitar o passeio de uma forma tranquila, e sem pressas, descubra o traçado à beira-mar das secções 5 a7 da Rota da Costa Atlântica – Eurovelo 1 e outras ciclovias que cruzam a região. Mas se prefere a mistura de pó, maresia, lama e muita adrenalina, a Rota Vicentina para BTT oferece-lhe mais de mil quilómetros para pedalar. Com esta rota, estão organizados 38 percursos em quatro níveis de dificuldade diferentes, para serem realizados preferencialmente de setembro a junho.

A região conta atualmente com uma rede de percursos com 3035 Km cicláveis que integram os Centros de Cycling homologados pela Federação Portugesa de Ciclismo. Neles é possível usufruir de paisagens em diferentes vertentes do ciclismo, desde o BTT Cross Country, à Estrada, passando pela Grande Travessia e o Gravel.

Os amantes da bicicleta podem escolher percursos que durem menos de um dia ou travessias de maior duração, e aí pernoitarem numa das muitas opções disponíveis.

São sete os Centros de Cyclin’ Portugal no território alentejano. O Centro de Cycling de Castelo de Vide/Marvão fica no Parque Natural da Serra de São Mamede, disponibilizando diferentes modalidades BTT, cicloturismo e Gravel. No Centro de Cycling de Reguengo/Portalegre, que começa junto às piscinas municipais, encontra sete percursos de Gravel num total de 289 Km de rede, dos quais 61 Km são sinalizados. O Centro de Cycling de Arronches dispõe de seis percursos de estrada que totalizam 188 Km de rede. Já o Centro de Cycling da Serra D’Ossa atravessa os concelhos do Redondo, Borba e Estremoz com um total de 686,78 Km. A porta de entrada é no concelho do Redondo, com seis percursos de estrada ao longo de 392,25 Km. A partir do Redondo partem ainda dois percursos de BTT-XC e de Borba mais cinco percursos de Gravel. O Centro de Cycling de Almodôvar disponibiliza seis percursos de BTT na modalidade Cross Country, ao longo de 286 Km, e está ligado ao Centro de Ourique (261 Km), constituindo assim uma rede ciclável de todo o território deste polo do Baixo Alentejo. Por fim, pode ainda optar pelo Centro de Cycling de Serpa, num concelho com ótimas características para a prática do BTT.

Pode ainda conhecer o Alentejo sobre rodas numa das quatro travessias da região, que complementam os percursos existentes – a travessia de São Mamede (quatro dias para percorrer 181 Km entre estradas asfaltadas, caminhos e trilhos de terra), a travessia da Serra D’Ossa (169,6 Km pelo Redondo, Estremoz, Borba e Alandroal), a travessia Baixo Alentejo Ourique-Almodôvar (193,2 Km para realizar em dois, três ou quatro dias) e a travessia Baixo Alentejo Serpa (140,9 Km ao longo de dois dias).

Caminhadas pelo território

Se gosta mesmo é de andar a pé, então o Alentejo também é o sítio ideal. A começar pela Rota Vicentina, que sugere 450 km de trilhos épicos, onde se destacam o Trilho dos Pescadores e o Trilho Histórico, certificado como um dos Leading Quality Trails Best of Europe.

No Alto Alentejo, poderá explorar os trilhos Feel Nature, que o levam da Serra de São Mamede ao azul do Tejo no Monumento Natural das Portas de Ródão.

E não esqueça a Grande Rota do Montado, que todos os dias cresce a passos largos e que lhe vai possibilitar conhecer o Alentejo Central de lés a lés.

Por fim, saiba que o projeto “Alentejo a Pé” dispõe de um conjunto de informação sistematizada sobre os percursos existentes na região que podem ser percorridos, em autonomia, por diferentes tipos de utilizadores.