Continuamos a dar destaque aos profissionais do setor da distribuição em Portugal e às carreiras que têm construído. Hoje é a vez de Isabel Almeida, Product Supervisor da Icárion Portugal, nos falar sobre o seu percurso.
Isabel nasceu em Coimbra, perto do Natal de 1985. E foi nesta cidade que passou a sua infância e toda a vida até terminar o seu curso. E admite ainda guardar na memória o “cheirinho do café da minha avó” e os 15 dias “sagrados” em que ia com os pais, tios e primos, em dois carros, para Benidorme, com “a casa toda às costas”.
Licenciada em Ciências da Informação, Isabel Almeida partilha que sempre gostou de pesquisar, investigar, escrever e fotografar. Mas, de certa forma, explica que a vida quis ensinar-lhe que nem tudo o que parece é e trocou-lhe as voltas. A verdade é que se apaixonou pela área de turismo onde tem aprofundado o seu conhecimento e formação ao longo de mais de uma década. Mas garante que continua a escrever – sobre viagens e sempre que o tempo o permite – e que a máquina fotográfica a acompanha em todas as viagens.
Como e quando iniciou a sua carreira no turismo?
Iniciei a minha carreira no turismo em 2011, num operador turístico especializado no Médio Oriente, a Travelers. As minhas funções iriam passar mais pela área da comunicação e marketing, com a elaboração de folhetos, catálogos e newsletters, mas rapidamente a minha curiosidade e o “bichinho” por perceber o que se passava à minha volta, levou-me a, num espaço de quatro meses, ir ter formação certificada de reservas e emissões. Comecei, timidamente, no departamento de reservas. Lembro-me que, no início, ficava nervosa quando atendia uma chamada pois tinha receio de não saber responder ou de me atrapalhar. Afinal estava a dar os meus primeiros passos numa área completamente diferente.
Fui estudando, aprendendo, aguçando o meu espírito de querer saber sempre mais e melhor e, ao fim de sensivelmente três anos, fui trabalhar para a Jade Travel um projeto que durante praticamente seis anos me fazia levantar todos os dias com vontade de saltitar pelo mundo entre o Egipto e a Índia ou outro destino (de preferência no Sudeste Asiático). Segui esta minha caminhada pelo Turismo como Product Manager de um operador especialista em Grandes Viagens, a TUI. No rescaldo da pandemia, em janeiro de 2022, decidi abraçar o projeto da Icárion como Product Supervisor e voltei a acordar todos os dias com a vontade de saltitar pelo mundo, mas agora em caminhos mais alargados à volta do globo.
O que a apaixona no turismo e ainda hoje a faz continuar a querer estar nesta indústria?
Considero-me uma recente, mas eterna apaixonada por este mundo do turismo e das viagens. Descobrir destinos e recantos novos no mundo levam-me sempre a continuar a trilhar este caminho. Gosto de explorar o que de novo há no mundo, de descobrir pormenores em hotéis, praias, cafés ou restaurantes. Gosto de pensar que cada detalhe, cada apontamento, pode fazer os nossos Clientes sentirem-se especiais e que a sua viagem é única.
Aliado a tudo isto, viajar faz parte do meu ADN e sem esta paixão pessoal pelas viagens, a minha profissão não faria sentido.
Claro que o cenário não é todo cor-de-rosa, mas acho que quem entra neste nosso mundo, por muito que diga vezes sem conta que um dia sai e não volta, acaba sempre por ter o “bichinho” das viagens e de toda a adrenalina.
A chegada à atual empresa deu-se quando e como?
Comecei a trabalhar na Icárion em janeiro de 2022 sendo que nos primeiros dois meses e meio estive juntamente com a minha colega Francisca Ferreira a implementar a abertura do operador no mercado português. A Icárion pertence ao grupo W2M pelo que já tinha uma estrutura, com outras vertentes de negócio, em Portugal, e o operador das Grandes Viagens era o passo lógico seguinte a dar no mercado. Abrimos oficialmente em março de 2022 e, desde então, temos construido o nosso caminho.
E qual tem sido o seu percurso dentro deste grupo até aos dias de hoje?
O meu percurso na Icárion é curto, tal como nós em Portugal, mas tem sido muito gratificante ver que cada dia crescemos um pouco mais, que os Agentes confiam em nós e que a equipa está a crescer.
Como define as suas funções dentro do grupo atualmente?
As minhas funções passam um pouco por coordenar todo o produto e contratação disponível no nosso site bem como analisar novas oportunidades, tendências de mercado, entre outros. Ao fim de alguns anos um pouco afastada do departamento de reservas, neste momento também voltei às origens e estou a adorar retomar o contacto mais direto com os Agentes de Viagem. O que é engraçado porque alguns ainda se recordam de mim em paragens anteriores onde fazia atendimento telefónico ou assistências no aeroporto.
Quais os momentos que a marcaram mais ao longo do seu percurso profissional – os mais positivos, que mais contribuíram para o seu progresso profissional; e os menos positivos, que mais dificultaram a sua tarefa?
Sem dúvida que, em primeiro lugar, o que mais me marca profissionalmente são as pessoas que fui conhecendo, que são excelentes profissionais, e que me foram acompanhando e confiando em mim. No meu tempo da Jade, o Augusto Cardoso tinha muitas dores de cabeça com a minha mente sempre a fervilhar, mas sempre me apoiou, me ensinou e me ajudou a evoluir como pessoa e profissional. Já mais recentemente é a Francisca que tem as “dores de cabeça” comigo mas que me acompanha igualmente e que ainda se ri com os meus “delírios” diários.
Dos menos positivos, obviamente que também somo alguns, como por exemplo as sucessivas crises económicas há uns anos atrás e dois ou três charters inteiros para vender, com risco de 100% e muitas vezes dei por mim a pensar se distribuir flyers na rua ou à porta do metro iria ajudar. Claro que não podemos também ignorar a recente pandemia, que fechou praticamente o mundo inteiro e que não nos deixava seguir em frente, prosseguir com o planeamento que tínhamos feito para ano, etc.
Mas em todos os pontos negativos há sempre lições a tirar e eu já percebi que distribuir panfletos à porta do metro não é uma solução e que o mundo pode “fechar” mas todos nós temos força e capacidade para nos superarmos.
Quais os principais desafios que profissionalmente tem pela frente este ano?
Consolidar, crescer e afirmar a presença da Icárion no nosso mercado. Mantendo sempre a qualidade nos serviços contratados, a simpatia no atendimento e dando à Icárion um toque diferenciador com programas inovadores. Afinal, se fosse para fazermos todos o mesmo não faria sentido existirmos, certo?