Uma carreira na distribuição com Ivo Batista

Ivo Batista, comercial na Solférias há já mais de uma década, é o destaque da rubrica desta semana “Uma carreira na distribuição”. Leia aqui o seu percurso no setor das viagens.

Ivo nasceu em Coimbra, a 14 de maio de 1985. E, até vir para Lisboa com 19 anos, viveu sempre numa vila entre Montemor-o-Velho e a Cidade dos Estudantes, a pitoresca vila de Pereira. Recorda, com saudade, o ambiente mais calmo e recatado da infância e adolescência, onde as pessoas se conheciam e os amigos de infância estavam sempre por perto, a jogar à bola na rua com o irmão ou a andar de bicicleta em grupo.

O comercial optou pelo curso de Técnico de Turismo e Agência de Viagens da Escola de Hotelaria de Coimbra para a sua formação, logo aos 17 anos, altura em que admite ter “todos os sonhos do mundo”, nomeadamente o sonho de viajar, de conhecer o mundo e ter experiências diferentes, pelo que considerou que esta seria a melhor opção.

Como e quando iniciou a sua carreira no turismo?

A minha história no turismo começou em 2004, há quase 20 anos. Após a conclusão do Curso na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, ingressei no mercado de trabalho através de um estágio pós-curricular no Operador Turístico Soltrópico. Este foi o ponto de partida desta minha viagem no Turismo, onde comecei a ter maior contacto com a parte operacional e, primeiramente, onde exerci funções de booking, e trabalhei com diversos destinos, desde Cabo Verde, Portugal, Brasil e Egito.

Um ano depois de iniciar estas funções, lançaram-me um novo desafio. Pela mão e mentoria do nosso falecido colega e diretor Bruno Pereira, fui convidado a integrar a equipa comercial do operador, passando a desempenhar funções mais dedicado às relações com as agências de viagem, nomeadamente nas zonas Centro e Sul do país.

O que o apaixona no turismo e ainda hoje o faz continuar a querer estar nesta indústria?

Sem dúvida, que o que mais apaixona são as pessoas. O Turismo é, inquestionavelmente, uma indústria de pessoas para as pessoas. É um setor tão específico, mas tão importante no desenvolvimento pessoal de cada um: ajuda a concretizar sonhos, proporciona momentos de lazer e descontração à grande maioria das famílias portuguesas. É uma indústria que é extremamente sensível aos fatores externos e, por vezes, enfrenta desafios enormes, mas, quando ultrapassa essas crises, se mantém de pé, próxima, com um sorriso, pronta para voltar a proporcionar momentos de felicidade. Resumindo, são as pessoas com quem trabalho todos os dias e as pessoas para quem trabalhamos todos os dias que motivam todos os dias para fazer mais e melhor.

A chegada à atual empresa deu-se quando e como?

Ingressei na Solférias em 2010, desde o seu início, o que é um motivo de orgulho. Após a decisão de tomar novo rumo, a atual direção da Solférias criou este projeto do zero. Na altura, fui convidado pelo Bruno Pereira, o Nuno Mateus e a Sónia Regateiro, para embarcar na construção de uma “nova” Solférias e fazê-la crescer até ao que é hoje. É, sem dúvida, um dos maiores marcos do percurso profissional.

E qual tem sido o seu percurso dentro deste grupo até aos dias de hoje?

O trabalho comercial é muito mais que a venda em si, é possível fazer tantas iniciativas e tarefas dentro desta área que é desafiante. Ao longo destes anos, o desenvolvimento de diferentes estratégias comerciais, de criar relacionamentos com os nossos clientes e de promoção de destinos, foram perentórias para me fazer crescer como profissional e também dentro da empresa onde estou. Nomeadamente, atividades como dar formação a agrupamentos ou agências de viagem sobre os nossos destinos e serviços, acompanhar e assistir grupos de clientes nos nossos destinos, garantindo assim a melhor experiência ao cliente e a qualidade de serviço que a Solférias proporciona, quer este esteja numa viagem de lazer (praia ou cultural) ou até mesmo em viagens de
incentivos/negócios.

Profissionalmente, também tive a oportunidade de estar no terreno com os nossos recetivos, para ajudar na preparação da chegada e estadia dos clientes – principalmente nas operações charter em Cabo Verde e Senegal, ajudando a que estes se inteirem da filosofia Solférias através da formação dos mesmos, criando proximidade com o cliente português e assim poder assistir de uma forma mais correta e eficaz.

Também participei na organização e operacionalização dos eventos da empresa e muitas vezes servi como elo entre os nossos parceiros e os agentes de viagem, cirando proximidade entre ambos.

Finamente, também tive a oportunidade de ter um novo desafio, onde, durante quatro anos desempenhei simultaneamente funções de coordenador da Solférias Madeira, uma Marca do Grupo Solférias, que comercializava outgoing com saída da Madeira.

Como define as suas funções dentro do grupo atualmente?

À exceção do projeto da Solférias Madeira, desempenho atualmente as funções de Comercial, que engloba todos os projetos e desafios referidos na questão anterior.

Quais os momentos que o marcaram mais ao longo do seu percurso profissional – os mais positivos, que mais contribuíram para o seu progresso profissional; e os menos positivos, que mais dificultaram a sua tarefa?

O primeiro momento positivo foi desde logo decidir escolher o Turismo como projeto profissional. É uma área que me apaixona e motiva de tão fascinante que é.

Segundamente, o grande momento da minha carreira, foi o convite para participar deste desafiante projeto chamado Solférias, que trazia e carrega ainda atualmente um grande voto de confiança da parte da direção no meu trabalho, que me formou, apoiou e incentivou a ser o profissional que sou hoje.

De forma menos positiva, tenho de nomear, sem dúvida, as crises e dificuldades que o setor ciclicamente atravessa, sendo a última, pandemia Covid19, uma das maiores provações de sempre.

Adicionalmente e como referi anteriormente a importância das pessoas nesta indústria, diria que nível pessoal o momento mais difícil foi o falecimento do Bruno Pereira, que considerava um mentor seja profissionalmente ou como individuo. Apesar de a Solférias ser uma segunda família, a perda do Bruno foi algo que marcou como profissional e pessoa.

Quais os principais desafios que profissionalmente tem pela frente este ano?

Continuar o caminho que tenho vindo a fazer ao longo destes quase 20 anos. Continuar a dizer e a ser “presente” quando os agentes de viagem mais necessitarem de apoio e, acima de tudo, continuar a construir e desenvolver este projeto que é a Solférias.