Conhecer melhor o percurso dos profissionais da hotelaria em Portugal é o objetivo da Ambitur.pt. Hoje espreitamos a carreira de Paulo Duarte, atual managing director da memmo Unforgettable Hotels, onde já está há cerca de 14 anos, com diferentes funções.
Como e quando iniciou a sua carreira na Hotelaria?
A minha carreira no setor hoteleiro começou um pouco por acaso, uma vez que a minha formação académica não foi nesta área.
Logo após a minha licenciatura surgiu um convite para ajudar a lançar um pequeno hotel em Alcochete – o Hotel Al Foz. Sem qualquer formação ou experiência na área achei o desafio muito interessante para começar a minha vida profissional. Acabei por ficar quase 10 anos, período em que ajudei a desenvolver novos projetos, sobretudo na área da restauração e catering.
O que o apaixona no setor hoteleiro e ainda hoje o faz continuar a querer estar nesta indústria?
Este setor tem de facto qualquer coisa de especial e única. Nenhum dia é igual ao anterior e é um setor em que se vive com uma enorme paixão pelo contacto com os outros, contribuindo de algum modo para a sua felicidade e bem-estar.
Por outro lado, a multiplicidade de coisas com que temos de lidar praticamente todos os dias constitui um estímulo permanente a fazer sempre melhor. Cada cliente tem um perfil único e ir ao encontro das suas expectativas e desejos é de facto especial.
A chegada ao atual grupo deu-se quando e como?
Em 2006, o meu amigo Rodrigo Machaz, com quem já tinha trabalhado no Al Foz, desafiou-me para a criação de uma nova marca hoteleira com a possibilidade de desenvolver um primeiro hotel em Sagres.
Depois de 10 anos no Al Foz, achei que o desafio de começar um projeto do zero era muito aliciante e aceitei juntar-me ao projeto memmo Unforgettable Hotels.
E qual tem sido o seu percurso dentro deste grupo hoteleiro até aos dias de hoje?
Iniciei o meu percurso como diretor de operações do memmo Baleeira e regressei a Lisboa para preparar a abertura do memmo Alfama, que aconteceu em 2013. Nesse momento assumi a direção de operações da memmo Hotels e passados três anos inaugurámos o memmo Príncipe Real. No início de 2022, assumi a direção geral do grupo.
Como define as suas funções dentro do grupo atualmente? E que tipo de gestão procura fazer em termos de equipa?
As minhas funções hoje prendem-se fundamentalmente com o alinhamento dos objetivos estratégicos dos acionistas da memmo Hotels com as operações hoteleiras e a consolidação de uma equipa de gestão preparada para o crescimento do projeto no futuro próximo.
Quais os momentos que o marcaram mais ao longo do seu percurso profissional – os mais positivos, que mais contribuíram para o seu progresso profissional; e os menos positivos, que mais dificultaram a sua tarefa?
As pessoas que fui conhecendo ao longo da minha vida profissional são, sem dúvida, o que de melhor levo neste percurso, especialmente aquelas com quem tive e tenho o prazer de trabalhar. A possibilidade de ajudar a criar e desenvolver uma marca de raiz e hotéis tão especiais tem sido uma experiência particularmente enriquecedora e gratificante.
Em sentido inverso, a crise financeira e a crise pandémica ensinaram-me que nada está garantido e que a gestão moderna deve ser desenvolvida tendo isso permanentemente em consideração. Foram lições duras que acabaram por me tornar um gestor mais completo.
Quais os principais desafios que profissionalmente tem pela frente este ano?
Reforçar a motivação das equipas e a cultura da empresa, tornar a memmo Hotels numa empresa ainda mais atrativa para se trabalhar, continuar o trajeto de inovação que tem caracterizado a marca memmo, aumentar o volume de negócios e o nível de rentabilidade depois de um ano de 2022 muito bom e, claro, acelerar os novos projetos em carteira.