Uma carreira na Hotelaria… Paulo Ferreira

Mais um profissional do setor da hotelaria que está hoje na rubrica da Ambitur.pt para nos dar a conhecer o seu percurso neste setor. Desta vez é Paulo Ferreira, diretor geral do The Leaf Boutique Hotel, em Lisboa.

Paulo nasceu em Lisboa, em 1969, e aí passou a sua infância. Desde cedo assumiu responsabilidades, aliando sempre a parte profissional à formação académica, pelo que admite que recuar no tempo o leva a memórias de “trabalho e dedicação”. Além de vários cursos de especialização na Escola Superior de Hotelaria do Estoril, o profissional conta também com uma graduação em Direção Hoteleira. E garante que a hotelaria foi uma oportunidade que se tornou uma opção de vida profissional e pessoal “bastante gratificante” que lhe permite “não viver todos os dias o mesmo dia”.

Como e quando iniciou a sua carreira na Hotelaria?

O percurso teve início em 1988, no Hotel Novotel Lisboa (Grupo Accor) como bagageiro, o que considero uma progressão estruturada desde base e, se me permitem, subir a “pulso”.

O que o apaixona no setor hoteleiro e ainda hoje o faz continuar a querer estar nesta indústria?

O que me motiva e apaixona na Hotelaria é a nossa capacidade de adaptação, independente das circunstâncias e dificuldades, sempre com o foco na hospitalidade e consequente transmissão da imagem “Portugal”, onde possuímos uma reputação excecional. Paralelamente existe uma união saudável entre os hoteleiros, que considero parceiros e não concorrentes.

A chegada ao atual hotel deu-se quando e como?

A chegada deu-se através de convite, em fevereiro 2020, para criar um conceito sustentável onde me identificava e tinha condições de implementação, com respetiva abertura da unidade em 17 de julho de 2020, em plena pandemia, sem nunca encerrar o Hotel.

E qual tem sido o seu percurso dentro deste grupo hoteleiro até aos dias de hoje?

O meu foco tem-se pautado por uma estratégia inicial, e não me afastar da mesma, em ter a unidade posicionada e mantendo e elevando os níveis de satisfação para com os colaboradores e clientes.

Como define as suas funções dentro do grupo atualmente? E que tipo de gestão procura fazer em termos de equipa?

Como é do conhecimento a abordagem ao mercado de trabalho alterou-se substancialmente nos últimos quatro anos com um efeito mais acentuado após a pandemia. A minha função é possuir diversas ferramentas de forma a reter os colaboradores. Trata-se de uma tarefa que assumo e aplico diariamente em que existe uma margem de erro incontrolável. O acompanhamento on the job, premiação e correção é fundamental.

Quais os momentos que o marcaram mais ao longo do seu percurso profissional – os mais positivos, que mais contribuíram para o seu progresso profissional; e os menos positivos, que mais dificultaram a sua tarefa?

O facto de iniciar a carreira pela base (bagageiro) e percorrer todas as funções permitiu-me possuir um conhecimento das tarefas e de como corresponder da melhor forma na adaptação e posterior avaliação.

Os menos positivos foram, no passado, não me terem dado a abertura e oportunidade para inverter a falta de estratégia e falta de planeamento.

Quais os principais desafios que profissionalmente tem pela frente este ano?

Prevejo desafios em manter o nosso preço médio, em relação a 2022, apesar de considerar uma aumento de ocupação. E estou seguro de dificuldades na fidelização e captação de recursos humanos para fazer face a atuais e novas aberturas no sentido de manter os índices de hospitalidade que possuímos.