Unicâmbio conta já com 50 moedas diferentes, “das mais tradicionais às mais exóticas”

No ano em que a Unicâmbio completa os seus 25 anos de atividade, são já 50 as moedas presentes no portefólio desta empresa de câmbio. Das tradicionais moedas, como dólar e a libra, a empresa decidiu, recentemente, juntar também o Peso Colombiano, o Peso Argentino, o Peso do Chile, o Riel Cambodja e ainda, o Dólar da Namíbia.

Feitas as contas, a Unicâmbio, atualmente com 75 balcões distribuídos um pouco por todo o país, espera assim “corresponder à procura”, através de um leque que vai das moedas “mais tradicionais às mais exóticas”.

E se o dólar e a libra ocupam o 1º e 2º lugares, respetivamente, das moedas mais transacionadas, a verdade é que a procura se tem diversificado, nomeadamente com o crescimento do turismo em mercados como a Tailândia, Vietname, Singapura ou Filipinas, algo que se deve em parte, ao facto da Emirates ter começado a operar em Portugal. Este cenário foi traçado por Paulo Jerónimo e Carlos Lilaia, acionistas e administradores da Unicâmbio, num encontro com a imprensa, que decorreu esta manhã, no Hotel CR7, em Lisboa.

A par desta novidade, a empresa anunciou também que até ao final deste ano, espera contar com 80 balcões estabelecidos. Para isso, e até ao fim deste mês, a Unicâmbio inaugura um novo balcão no Fórum Sintra, e nos meses seguintes, um outro em Santarém.

Quanto ao passo seguinte, Paulo Jerónimo foi contundente: “chegou a altura da internacionalização”. A empresa, que tem apenas um balcão fora de Portugal, mais precisamente em Angola, vira agora as atenções para outros “países da diáspora, como Cabo Verde, São Tomé e Guiné-Bissau”, sendo este último, o país onde as “negociações estão já avançadas”, afirma.

Além disso, a Unicâmbio pretende também avançar no mercado europeu, com a abertura de um balcão em Inglaterra e na Suíça.

Um milhão e 100 mil euros de resultado líquido em 2016

Durante esta apresentação, os responsáveis pela empresa, realçaram também o resultado líquido de 2016 de 1.1 milhões de euros, que contraste bem, com os apenas 600 mil euros de resultado em 2015. “Em 2017, o objetivo passa por ultrapassar este resultado”, sustenta o responsável.

Em termos de volume de negócios, a Unicâmbio superou os 12 milhões de euros, o que se traduz num crescimento a dois dígitos, superior a 15% face ao ano anterior. Questionados sobre a possibilidade de o Brexit afetar os negócios da Unicâmbio, os responsáveis mostraram-se confiantes, afirmando, que mesmo depois do sucedido, “a libra continua a subir”.

O dinheiro e os cartões na era digital

Atualmente, o debate passa também pela crescente utilização de cartões ao invés de dinheiro. Sinais de uma era, cada vez mais digital, em que a segurança e a facilidade na hora de pagamento, assumem protagonismo evidente. Como forma de responder a esta tendência, a Unicâmbio lançou, recentemente, o cartão ‘Cash 4 Travel’.

A principal vantagem, explicou Paulo Jerónimo, é o facto “deste cartão ter 5 divisas (euro, libra, dólar, real e franco suíço)”, sendo que “não tem um mínimo de carregamento”.  O cartão, “funcional, que apresenta comodidade e segura”, tem um custo de 15 euros e, funciona, à semelhança de um normal cartão bancário de débito, podendo ser utilizado como meio de pagamento, mas também de levantamento.

Ainda sobre este cartão, a Unicâmbio anunciou que irá lançar, este ano, uma modalidade dedicada às empresas (corporate), que podem assim, gerir mais facilmente um plafon para os colaboradores. A empresa espera assim, desenvolver “acordos com empresas, como por exemplo agências de viagens”, que poderão comercializar este novo cartão.

Por fim, nota ainda para o volume de negócios em Fátima, onde a afluência de diferentes nacionalidades “foi exponencial”, durante a visita do Papa. Paulo Jerónimo, referiu, que foram cerca de 30, as nacionalidades que ali transacionaram “dezenas de milhares de euros em câmbio todos os dias”.