Diversidade é o que o concelho de Vagos tem para lhe oferecer. Integrado na Ria de Aveiro, na Região Centro de Portugal, Vagos é Bairrada, Gândara e beira-mar. E é, segundo Silvério Regalado, presidente da autarquia, uma região para os cinco sentidos. Assim, na próxima visita, “não pode perder o aroma do mar, o sabor da gastronomia, o som da natureza, a visão reflexiva do Santuário e o toque das nossas gentes”, destaca o dirigente. E garante: “Somos acolhedores e franqueamos as portas porque gostamos de receber quem nos visita o melhor possível, dando permanentemente o melhor de nós”.
E é a partir deste pressuposto que a Câmara Municipal tem trabalhado para que Vagos seja hoje uma marca, apostando no lema “Vagos, até onde queremos ir”. Trata-se de “um convite e um desafio que nos impulsiona a ir sempre mais além”, explica o responsável. Assim, o município melhorou as condições nas praias, construindo uma rede de passadiços que convidam a longos passeios e, ambientalmente, ajudaram a fixar e aumentar a duna primária. Elaborou também o calçadão da Praia da Vagueira, um cartão-de-visita para todos os que lá chegam. E procurou criar eventos-marca que diferenciassem o concelho e o tornassem mais atrativo, como o Vagos Sensation Gourmet, hoje já no mapa nacional de eventos gastronómicos, e o Vagos Metal Fest, que todos os anos (este é a exceção pela situação pandémica) traz dezenas de milhares de pessoas à vila de Vagos. O Natal(i)a Terra do Pai Natal é também já uma referência. E houve uma aposta no turismo de Natureza, nomeadamente na vertente dos trilhos, que será reforçada aproveitando as levadas e azenhas do Rio Boco, e criando um percurso religioso até ao Santuário de Nossa Senhora de Vagos. Aliás, o turismo religioso é outra prioridade para o futuro, diz o Silvério Regalado, juntando-se assim aos segmentos praia, ria e natureza.
A não perder
Uma vez em Vagos, na parte litoral do concelho, não deixe de dar um pulo à praia da Vagueira, marcadamente piscatória, cujo areal convida todos a sentir o sol da região e a “viajar no tempo através da Arte Xávega”, sugere o presidente da autarquia. Tem também a Praia do Labrego, ótima para desportos aquáticos, como o surf; ou a Praia do Areão, com um areal imenso e um ar um pouco selvagem que convida à tranquilidade.
Na vertente fluvial, Vagos é atravessada pelo canal de Mira na ligação com a Ria de Aveiro. E, a caminho do interior do concelho, passará pelo Santuário Mariano de Nossa Senhora de Vagos, local de contemplação e ponto de atração de muitos devotos de todo o país. Indo mais para o interior, na Bairrada a norte e na Gândara a sul, domina a Natureza com as azenhas e trilhos que convidam à exploração. Silvério Regalado realça ainda o centro da vila, com as suas cambiantes arquitetónicas e históricas, como o palacete Visconde de Valdemouro e a Biblioteca João Grave.
Mas uma viagem a Vagos não fica completa sem conhecer de perto a gastronomia local. O destaque vai para as caldeiradas, de peixe variado ou de enguia, “um manjar a não desperdiçar”, assegura o responsável. Na carne salientamos as sainhas, bem implementadas pela Confraria “As Sainhas”. E as favas também são muito apreciadas, sobretudo à moda gandareza. Não poderíamos deixar de mencionar a doçaria que, desde há alguns anos, tem apostado numa panóplia de bolos e doces criados a partir da abóbora. “Das tradicionais papas ao inovador gelado há de tudo para o palato de todos”, garante Silvério Regalado.