Valpaços investe em cultura e turismo de natureza para o concelho

Com um custo de 1,2 milhões de euros, apoiados a 85% de fundos comunitários, o Auditório, Arte e Cultura Luís Teixeira “é uma verdadeira casa da cultura, criamos as condições físicas para que Valpaços possa acolher qualquer espetáculo cultural, qualquer atividade cultural”, afirmou o presidente da Câmara local, Amílcar Almeida.

No antigo edifício Centro Cultural Luís Teixeira, que foi demolido, ainda havia amianto na cobertura e problemas estruturais, como infiltrações de água e falta de climatização. “Ainda andávamos com o aquecedor a gás, com cadeiras amovíveis. Não tínhamos um auditório na cidade capaz de fazer face às necessidades”, referiu o autarca.

No novo edifício, o espaço foi ampliado, o auditório possui lotação para 259 espectadores e é dotado de equipamento cénico e mecânico de cena, possui um projetor digital para a visualização de cinema, ainda um bar e uma sala multiusos para exposições.

O que se manteve foi o nome de “Luís Teixeira”, o empresário natural de Valpaços, que morreu em 2006 e que ajudou “todos quantos lhe batiam à porta”, desde cidadãos a instituições, como os bombeiros ou a banda municipal. “É uma homenagem ao filho desta terra, que tanto fez em prol dos valpacences e que doou o centro cultural que foi, durante 32 anos, o porto de abrigo da cultura de Valpaços”, afirmou Amílcar Almeida.

O novo espaço vai estar, segundo o autarca, de portas e palco abertos para as associações do concelho, para estimular a cultura regional, e aqui será também possível assistir, pela primeira vez, a sessões de cinema. “Os amantes do cinema que tinham que ir a Mirandela ou a Vila Real já podem ver aqui os filmes. Valpaços há muito ansiava por uma casa capaz de constituir um marco da cultura”, referiu.

A obra demorou cerca de um ano a ser concluída e o edifício entrou em funcionamento no passado fim de semana.

Uma aposta natural

Para além do investimento na cultura, a Câmara Municipal de Valpaços  pretende também aproveitar os recursos naturais do concelho, planeando criar um ecovia de 60 quilómetros, uma ciclovia, passadiços e pontos de pesca nas praias fluviais para atrair cada vez mais visitantes ao concelho.

O presidente da Câmara de Valpaços, Amílcar Almeida, afirmou à Lusa que o município está a fazer “uma forte aposta” no turismo ligado à natureza e “àquilo que o concelhotem de diferenciador”. O autarca disse que o município vai avançar com a construção de uma ecovia de 62 quilómetros ao longo do rio Rabaçal, entre os limites com os concelhos de Chaves e Mirandela.

Serão ainda construídos passadiços, colocadas espreguiçadeiras e cerca de 70 pontos de pesca, para que Valpaços possa acolher provas internacionais.

Na praia fluvial de Rio Torto serão instalados “uma âncora de canoagem e espaços dedicados às crianças” e, na praia fluvial de Ribeira da Fraga, pertencente já à zona fria do concelho, serão construídos passadiços que vão subir até “à fraga furada”.

O projeto para o concelho inclui ainda uma ciclovia, que terá como particularidade, “ter uma parte suspensa em cima de um regato”.

Amílcar Almeida prevê que o investimento global ronde os 2,5 milhões de euros e que a intervenção esteja concluída no verão de 2019.