VI Convenção ARAC: Centro de Portugal defende “programa nacional de mobilidade turística que una operadores, regiões e territórios”

Decorre hoje, em Torres Vedras, a VI Convenção Nacional da ARAC – Associação Nacional dos Locadores de Veículos, que se debruça sobre o tema “Locação: Resposta para a Nova Mobilidade”. Rui Ventura, presidente da Turismo Centro de Portugal, esteve na sessão de abertura e defendeu a necessidade de um “programa nacional de mobilidade turística que una operadores, regiões e territórios”. Sublinhando que “a mobilidade é mais do que uma questão de transporte, é uma ponte para o futuro, onde o turismo, a economia e o ambiente caminham lado a lado”, o orador lembrou que que esta ambição de um sistema que integre locação automóvel, transporte público, soluções elétricas e tecnologia, permitindo aos visitantes viajarem pelo país de forma eficiente, “é uma ambição que não se concretiza num dia mas que se constrói com aliados, e também com a ARAC, com a visão de investimento e de compromisso”.
Rui Ventura referiu que o Centro de Portugal tem procurado ser um exemplo vivo desta transição, apostando em infraestruturas de carregamento elétrico, em rotas sustentáveis e em soluções partilhadas que ligam os grandes centros urbanos às aldeias mais remotas. Mas reconhece que este “é um caminho que só se faz com alianças e visão conjunta”. Acredita, no entanto, que “Portugal tem capacidade para liderar esta transformação, unindo o setor público e o privado em torno de uma mobilidade mais inteligente, mais verde e mais humana”.
O representa da Turismo Centro de Portugal acredita que hoje o papel da locação de veículos, que durante décadas foi encarada como um serviço de conveniência, é estratégico e um ativo da mobilidade sustentável, da transição energética e da inovação tecnológica.
E lembra que na região Centro “sabemos bem o que significa esta transformação”, pois falamos de um território vasto e diverso onde “a mobilidade é um fator de coesão territorial, de inclusão e de desenvolvimento económico”. Diz mesmo que a locação automóvel tem sido decisiva para permitir a milhares de visitantes explorarem o Centro de Portugal. Até porque se trata de uma região sem aeroporto, “uma limitação que nos obriga a pensar de forma diferente”.
E é precisamente neste ponto, onde “o que precisamos é de canalizar patre dos fluxos turísticos que chegam aos aeroportos”, que a ARAC tem sido “um parceiro essencial, ajudando o Centro de Portugal naquilo que é o acesso à mobilidade, a renovar frotas, com veículos cada vez menos poluentes e a responder à nova procura dos viajantes, cada vez mais atentos à sua pegada ambiental”.
Rui Ventura não tem dúvidas que as empresas de locação “contribuem diretamente para uma distribuição mais equilibrada dos fluxos turísticos do país”. E resume que a nova mobilidade não diz respeito apenas a veículos mas sim a “pessoas, destinos e experiências”, podendo “garantir que todos possam mover-se com liberdade, segurança e consciência, conhecendo um país que sabe inovar sem perder a sua autenticidade”.
Por Inês Gromicho