O novo estudo da SAP Concur revela que é cada vez mais provável que os colaboradores das empresas recusem viagens em negócios se estas não se adaptarem aos seus horários pessoais. As viagens que combinam negócios com lazer são cada vez mais populares entre os viajantes, no entanto, as recentes medidas de poupança das empresas ameaçam este equilíbrio.
Embora trabalhar a partir de qualquer lugar ou combinar férias com viagens de negócios possa parecer simples para os colaboradores de uma organização, a realidade para as empresas é complexa na medida em que, as preocupações das empresas com os custos e com a sustentabilidade, podem limitar a capacidade dos viajantes adotarem um estilo de vida flexível.
40% dos inquiridos afirmam que a sua empresa está concentrada em satisfazer as necessidades dos funcionários em termos de opções de viagem flexíveis, acima de outras prioridades. No entanto, cerca de 30% indicaram que a sua empresa está mais concentrada na redução dos custos de deslocação.
Mais de 25% das empresas estão a reduzir a possibilidade dos seus colaboradores trabalharem remotamente, viajando em lazer ou combinando viagens pessoais com viagens de negócios.
Embora a maioria (67%) dos inquiridos afirme que que as viagens de negócios são essenciais para a sua progressão na carreira, 22% dos recusariam uma viagem de negócios se não pudessem prolongá-la para viagens pessoais, e 24% também recusaria se não pudessem fazer ajustes fora da política da empresa.
As empresas reduziram os pedidos dos seus colaboradores no âmbito do conforto, nomeadamente: permitir que pernoitem para evitar longos dias de viagem (28%), pagar mais por voos sem escalas (28%), reservar em classe Executiva ou Premium (27%) ou optar por táxis, corridas partilhadas ou motoristas em vez de transportes públicos (27%).
Estas alterações levaram a que 80% dos viajantes reservassem tempo extra para a sua viagem de negócios, a fim de se prepararem para perturbações inesperadas – quer no início da viagem (34%), quer no final (19%), quer em ambos os extremos da viagem (27%), o que sublinha a necessidade de melhores políticas de viagem.
91% dos viajantes de negócios observaram que as suas empresas reduziram os subsídios de viagem flexíveis, incluindo 27% cujas empresas deixaram de permitir que os empregados paguem para utilizar opções de viagem mais sustentáveis.
No âmbito das viagens de negócios, as empresas seguem três prioridades: o aumento da utilização de opções de viagens sustentáveis é uma preocupação de 33% dos gestores de viagens, sendo que para 35% a prioridade é pesquisarem viagens flexíveis para os colaboradores enquanto 32% tem como objetivo reduzir custos para a empresa. Os dados deste estudo indicam igualmente o aumento da pressão que os gestores de viagens sentem para que possam corresponder às expectativas quer dos viajantes, quer das empresas.
Cerca de 29% dos inquiridos afirma que a sua empresa dá prioridade a opções de viagem sustentáveis, mas 1 em cada 3 gestores de viagens tem dificuldade em reservar viagens, uma vez que se espera que ofereçam opções de viagem mais sustentáveis sem um orçamento de viagem adequado.