Viagens turísticas dos residentes em Portugal aumentam 5% para 21,2 milhões em 2017

As deslocações turísticas dos residentes em Portugal aumentaram 5%, para 21,2 milhões, em 2017 face a 2016, quase 90% das quais para destinos domésticos e, sobretudo, com a motivação de “lazer, recreio ou férias”, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo as estatísticas relativas à “Procura Turística dos Residentes” do INE, estes dados revelam um abrandamento face a 2016 e 2015, já que nestes anos as deslocações turísticas dos residentes registaram acréscimos de 5,4% e 7%, respetivamente.

Do total de 21,2 milhões de viagens realizadas no ano passado, 9,6 milhões tiveram como objetivo “lazer, recreio ou férias” (45,2%), seguindo-se a “visita a familiares ou amigos'”, com 9,3 milhões (44%).

Em 2017 as viagens para o estrangeiro representaram 10,4% do total, tendo o “lazer, recreio ou férias” justificado 57,4% destas deslocações, enquanto nas viagens domésticas 46,6% deveram-se a “visita a familiares ou amigos”.

No ano passado, a proporção de viagens com marcação antecipada aumentou para 30,2%, com maior expressão nas viagens para o estrangeiro (90%), sendo que a utilização de Internet ocorreu em 17,4% das viagens em 2017 (15,8% em 2016).

Em 2017 as dormidas em “alojamento particular gratuito” equivaleram a 66,9% do total, tendo os “hotéis e similares” reunido 18,9% das dormidas, e cada viagem teve uma duração média de 5,77 noites.

Considerando apenas o quarto trimestre de 2017, foram 4,75 milhões as deslocações turísticas efetuadas pelos residentes em Portugal, um aumento de 7,4% face ao trimestre homólogo de 2016 e de 1,1% relativamente ao terceiro trimestre.

Das viagens realizadas de outubro a dezembro, apenas 9,9% (469,9 mil) foram para o estrangeiro, mas estas deslocações cresceram acima das viagens com destinos nacionais.

As viagens para “visita a familiares ou amigos” (2,6 milhões, 54,6% do total) perderam alguma representatividade (-4,8 p.p.), reforçando-se o peso relativo das viagens por motivos de “lazer, recreio ou férias”, que originaram 1,6 milhões de viagens (33,2%). Já as deslocações por motivos “profissionais ou de negócios” (405,1 mil) pesaram 8,5% no total.

No período, as dormidas em “hotéis e similares”, com uma quota de 15,5%, registaram um aumento de importância relativa de 1,1 pontos percentuais.

No 4.º trimestre 2017, considerando os destinos no estrangeiro, “lazer, recreio ou férias” foi a motivação de 44,3% das viagens, por oposição a diminuições nos pesos das viagens para “visita a familiares ou amigos” e por motivos !profissionais e de negócios”.

Nas viagens domésticas, embora a “visita a familiares ou amigos” continue a ser a principal motivação (56,8%), teve menor expressão, por contrapartida do aumento na proporção destas viagens por motivos de “lazer, recreio ou férias” (32%).

No último trimestre de 2017, a proporção de viagens com marcação prévia de serviços fixou-se em 25,5% e a internet foi utilizada na organização de 15,4% das viagens.

De outubro a dezembro, o “alojamento particular gratuito” agregou 79,8% das dormidas totais, enquanto o “alojamento particular pago” foi opção em 2,5% das dormidas, observando-se um aumento da importância relativa dos “hotéis e similares”, que proporcionaram alojamento a 15,5% do total de dormidas.

No último trimestre do ano passado, 18,1% dos residentes realizou pelo menos uma deslocação turística, mais 0,8 p.p. face a idêntico período de 2016, com o “contributo positivo” do mês de dezembro (16,2% de turistas) a compensar as “ligeiras diminuições” nos meses de outubro (8,1% de turistas) e novembro (7,1%).

A duração média das viagens aumentou no quarto trimestre, com cada turista residente a realizar, em média, 4,54 dormidas nas viagens turísticas (+3,7%), destacando-se o mês de dezembro com as durações médias mais elevadas (5,01 noites, +7,4%).