Vila Galé deve superar números de 2007 já este ano

Ao que tudo indica, 2015 será, segundo Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador do grupo Vila Galé, o “melhor ano de sempre” das operações do grupo em Portugal, “com crescimentos entre 17 e 18% face a 2014, números que ultrapassam os níveis de 2007 e 2008”.  Segundo o responsável, que falava à margem da 43ª ABAV-Feira das Américas, que terminou no sábado, em 2015 o grupo consegue “crescer mais em receita do que em ocupação”, tendo o preço médio subido globalmente cerca de 12%.

Afirmando que se registaram este ano crescimentos nas seis regiões onde o grupo tem hotéis, Gonçalo Rebelo de Almeida destaca a operação do Algarve que fecha 2015 com uma ocupação média de 90%. Os mercados mais fortes foram mais uma vez o inglês e o alemão, seguidos da França e Espanha  que “que voltou a recuperar e deverá crescer cerca de 12% este ano”.

Em 2015,  e segundo o responsável “acaba-se por conseguir recuperar um bocadinho a estagnação de preço e a degradação de preços que se tinham sentido desde 2008 a 2013. Este ano quase que se conseguiu recuperar os anos todos de queda. Portanto, Portugal está muito simpático e as perspectivas para o próximo ano são positivas”.

Quanto aos novos projetos do grupo, Gonçalo Rebelo de Almeida avançou que já está fechado “o negócio para a construção do hotel no Porto, na Ribeira, no Cais das Pedras”. “Tínhamos o contrato promessa sujeito a aprovação do PIP, vamos agora meter o licenciamento definitivo e estamos a contar começar a obra no inicio do próximo ano”, afirma o responsável, acrescentando que a unidade contará com 65 quartos e um investimento de sete milhões de euros.

Também a operação no Brasil continua a crescer

Apesar dos receios, a situação económica do Brasil acabou por não se reflectir na operação do grupo. Segundo Gonçalo Rebelo de Almeida,”surpreendentemente continuamos  a crescer e os hotéis quase todos cresceram este ano em relação ao ano passado”

Afirmando que os crescimentos foram mais acentuados nos resorts do que nos hotéis de cidade, o responsável afirma que o grupo deverá fechar 2015 a crescer cerca de 10/12% em receitas no Brasil. “O resort do Marés vai fazer o melhor ano de sempre, o Cumbuco também, Angra está estável, mas também já não tínhamos muito espaço para crescer pois a unidade estava a fazer ocupações médias anuais de 80%, e o Cabo também dá um salto simpático. Portanto, estamos a apontar neste momento para crescer 10/12% em receitas, coisa que nos surpreendeu”, afirmou.

No que diz respeito à operação da unidade do Rio de Janeiro, o responsável afirmou que está a andar “mais devagar do que estávamos à espera”, apesar de “estar a crescer todos os meses”. “Estamos. neste momento, com ocupações entre os 50 e os 60% o que para um hotel de 300 quartos não é mau”, afirmou. Segundo o responsável, sendo este um hotel muito virado para o segmento corporate e de empresas é normal “que leve mais tempo a desenvolver-se do que os hotéis de lazer. E depois as empresas também são mais sensíveis à crise do que foi o segmento de lazer, portanto há alguma retração das empresas. Mas para o ano, no mês de Agosto, nas olimpíadas, está cheio já”.

No que respeita a novos projetos no Brasil, o responsável explicou que “estamos numa fase ainda embrionária de prospecção em Alagoas, estamos à procura de terrenos, será também para fazer um resort”. Quanto ao Rio de Janeiro, Gonçalo Rebelo de Almeida afirma que é um projeto que “tem estado na agenda mas onde não há nada de concreto”. No Recife “havia oportunidade mas não avançou. Neste momento a nossa aposta será resorts”, concluiu.