Vila Galé estuda avançar para concurso do CCB e Revive do Quartel da Graça

A Vila Galé antevê mais um ano desafiante em 2019. Depois de, o ano passado, ter inaugurado três novas unidades (duas em Portugal e uma no Brasil), este ano tem em mãos seis novos projetos e, segundo afirmou hoje Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador do grupo português, num almoço com a imprensa, está a ponderar avançar para o concurso do CCB e para o Revive do Quartel da Graça. O projeto do CCB implica um hotel de cinco estrelas bem como uma componente de escritórios e serviços pelo que, a avançar, a Vila Galé terá obrigatoriamente de contar com um parceiro com experiência comprovada nestas duas vertentes. Entretanto, aguarda ainda pelo lançamento do Revive para o Quartel da Graça, em Lisboa. Gonçalo Rebelo de Almeida admite que os dois projetos são incompatíveis, e se avançarem com um, não avançam com outro. Quanto a preferências, reconhece que neste momento estão apontadas ao Quartel da Graça.

Para este ano, a cadeia portuguesa está com seis hotéis em andamento – quatro em Portugal e dois no Brasil. Em abril/maio abrirá o Vila Galé Collection Elvas e, pela mesma altura, deverá inaugurar a primeira fase do Vila Galé Douro Vineyards (com sete quartos). A arrancar está o Vila Galé Serra da Estrela, que deverá estar concluído no final de 2019 ou início de 2020. E, o último projeto deste ano em solo português será o Vila Galé Alter Real, em Alter do Chão, o segundo projeto no âmbito do Revive no qual o grupo participa.

No Brasil, será a estreia em São Paulo, onde o grupo adquiriu um edifício de escritórios perto da Avenida Paulista, que será reconvertido num hotel, cujo projeto se encontra em fase final de aprovação, para abrir em 2020. E na área dos resorts, desta vez a aposta recai em Ilhéus, na praia de Una, a sul da Bahia, onde o Vila Galé Costa do Cacau deverá abrir em 2021.

Receitas crescem em 2018

Atualmente com 32 hotéis, a Vila Galé atingiu em 2018, um ano que, segundo o administrador da Vila Galé, “correu relativamente bem”, um volume de negócios de 184 milhões de euros, mais 6% do que no ano anterior. No que diz respeito aos 23 hotéis de Portugal, o grupo obteve receitas de 112 milhões de euros, um aumento face aos 106 milhões de 2018. Já no que se refere aos quartos ocupados, a Vila Galé fala de uma ligeira queda de cerca de 2%, algo que Gonçalo Rebelo de Almeida justifica com a instabilidade no Reino Unido, bem como a nova dinâmica de destinos como a Turquia, Tunísia ou Egipto.

Quanto a este ano, o responsável acredita que não será muito diferente de 2018, prevendo-se comportamentos positivos para as regiões de Lisboa, Centro, Norte e Alentejo, e havendo alguma apreensão aos destinos do Algarve e da Madeira. “Mas continuamos relativamente otimistas”, garante.