O Vila Galé Douro Vineyards é a mais recente unidade do grupo Vila Galé. Foi esta terça-feira que o grupo português inaugurou oficialmente o seu projeto de agroturismo, uma ideia nascida da parceria com a Xvinus, resultado da cooperação entre a Vila Galé e a Madre, detida por António Parente, também hoteleiro e dono dos AP Hotels & Resorts no Algarve. “Após várias visitas ao Douro, percebemos que, no interior do país, fazia todo o sentido este projeto”, avança aos jornalistas Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo Vila Galé.
Instalado na Quinta do Val Moreira, esta unidade de agroturismo conta, nesta primeira fase, com sete quartos, restaurante e bar com vista panorâmica e terraço, adega, biblioteca e piscina exterior, originando, neste momento, 20 postos de trabalho num investimento de oito milhões de euros.
A segunda fase está prevista arrancar já em junho e vai contar com mais 42 unidades de alojamento (quartos e suites), onde a Xvinus vai investir mais cinco milhões de euros. No total, o Vila Galé Douro Vineyards receberá um investimento de 13 milhões num projeto que “deverá estar concluído em junho de 2020”, afirma o responsável.
Jorge Rebelo de Almeida afirma que o projeto “nasceu de paixão” mas, acima de tudo, “fazia falta” e que Portugal “precisa. Estamos a valorizar aquilo que é nosso e temos uma riqueza fabulosa”. O dirigente do grupo é perentório ao afirmar que “temos a obrigação de promover o interior e o Douro. Isto não é um dever social”. Para além da região ter carência de pessoas, precisa também de “marcas fortes” e o Vila Galé “tem uma imagem forte”, sublinha. O concelho de Armamar é um bom exemplo de que o poder local “está em cima dos acontecimentos e faz desenvolver estes projetos”, destaca Jorge Rebelo de Almeida. No entanto, para o responsável, há “falta de união e fusão entre as autarquias” para valorizarem o poder local. O presidente destacou também o papel das pessoas do Douro. “Vão à luta e prestam contributo”, diz. Desta forma, o responsável diz que este projeto de agroturismo “respeitou o património da natureza” e que hoje resultou de uma “matéria rejuvenescedora”.
Em regime de soft opening, os hóspedes que visitam o Vila Galé Douro Vineyards nesta primeira fase são os clientes fidelizados do Grupo. “Há dois tipos de negócio nesta fase inicial”, refere o presidente da cadeia portuguesa: existe a componente de “vender os sete quartos”, onde a expectativa está nos canais de distribuição diretos que “consigam vender”; depois, este será um produto que “terá de ser mais alargado em termos de divulgação”, isto é, passa por “vender o conceito bar/restaurante e adega” através de sinergias com o Vila Galé Collection Douro (localizado na Régua). Enquanto que, no Vila Galé Collection Douro, a tendência é “ficar pouco tempo”, no Vila Galé Douro Vineyards será “captar clientes que vêm especificamente para o Douro e que ficam em estadias longas.”
O presidente do Grupo Vila Galé acredita que “temos capacidade para captar o mercado brasileiro. É um mercado que gosta de tudo aquilo que temos para oferecer”, destacando também o mercado norte-americano que, neste momento, é o terceiro mais forte que o grupo tem na região.
Jorge Rebelo de Almeida aproveitou a ocasião para avançar alguns investimentos provenientes do programa Revive. O Vila Galé Collection Elvas está previsto abrir no dia 31 de maio e o projeto na Serra da Estrela no primeiro trimestre de 2020. Em fase de avaliação, e com muita cautela, está o Quartel da Graça, em Lisboa e o Paço Real de Caxias, em Oeiras.
Esta é a primeira vez que Jorge Rebelo de Almeida e António Parente se juntam mas a parceria “pode ser replicada”, avança o presidente do Grupo Vila Galé. A aposta, desta vez, será no Vinho Verde juntamente com um hotel, considerando que esta parceria “pode vir a dar mais frutos”.
Uma nova marca: Val Moreira
Não é só pela magnífica vista para os rios Tedo e Douro que o Vila Galé Douro Vineyards se destaca. Este projeto é o “reforço da nossa aposta no agroturismo e no enoturismo e, sobretudo, na produção de vinho e azeite”, sublinha Jorge Rebelo de Almeida. Aqui, a Xvinus já está a produzir vinhos do Douro e vinhos do Porto, tirando partido dos cerca de 25 hectares de vinhas existentes na propriedade. Nesse âmbito, foi também criada a nova marca “Val Moreira”.
Para o responsável, a entrada no mercado dos vinhos do Douro e do Porto, com o lançamento da marca, “é mais um passo nesta vertente.”
Aos interessados, a Adega Val Moreira já recebe visitas e podem ser realizadas três tipos de provas de vinhos todos os dias, entre as 10h e as 18h.
[new_royalslider id=”925″]