Vila Galé: Resultados de 2019 sem grandes oscilações face a 2018

A Vila Galé apresentou ontem, dia 20 de janeiro, os resultados do ano 2019, num almoço com a imprensa, no Vila Galé Ópera, em Lisboa. Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador do grupo, anunciou que apesar do ano ter arrancado com um ritmo de reservas “aquém” de 2018, a situação foi depois compensada a partir de julho, tendo ficado “praticamente em linha” com o ano anterior.

O volume de negócios do grupo português atingiu os 197 milhões de euros o ano passado, mais 7% do que em 2018. E as receitas ascenderam aos 115 milhões de euros, um “ligeiro crescimento” face aos 112 milhões do ano anterior, avançou o responsável. Recorde-se que em 2019, a Vila Galé inaugurou a primeira fase do Vila Galé Douro Vineyards e o Vila Galé Collection Elvas, e excluindo o impacto destas duas novas unidades, as receitas do grupo foram de 106 milhões de euros.

O mercado nacional continuou a ser o principal para os hotéis do grupo, representando agora 30% do total de dormidas. Seguiram-se os britânicos, alemães, espanhóis e brasileiros. Gonçalo Rebelo de Almeida explicou que se verificou uma “desaceleração dos mercados europeus tradicionais”, como o alemão, britânico e holandês, que tiveram algumas quebras. Já o Brasil, EUA e Canadá apresentaram uma tendência de crescimento e alguns mercados asiáticos, como a China e o Taiwan, por exemplo, já registaram alguma expressão. O administrador da Vila Galé admiitiu que o mercado chinês está, por exemplo, a sobrepor-se ao belga.

Gonçalo Rebelo de Almeida referiu ainda que, em Portugal, se verificou, em 2019, uma “ligeira descida na estadia média”, de cerca de 5%. Embora o número de hóspedes se mantenha o mesmo, com um total de 1,9 milhões de dormidas nos hotéis nacionais (número idêntico a 2018), a verdade é que estes passaram menos noites. Algo que também se prende com o facto de o país ter diversificado os seus mercados emissores, sendo que novos mercados, como o norte-americano, por exemplo, preferem passar menos noites e visitar mais destinos.

As estimativas do grupo são para que 2019 feche com um resultado operacional de 50 milhões de euros em Portugal, mais um milhão do que no ano anterior. No Brasil, este restultado deverá chegar aos 20 milhões de euros.

Brasil com tendência positiva
No Brasil, o ano foi positivo, sendo que as nove unidades que a cadeia detém neste país atingiram receitas de cerca de 370 milhões de reais, mais 18% do que no ano anterior. Considerando um câmbio médio de 1 euro = 4,5 reais, a atividade no Brasil gerou cerca de 82 milhões de euros.

No total, os três hotéis de cidade (Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza) e os seis resorts (Marés, Eco Resort do Cabo, Eco Resort de Angra, Cumbuco, Touros e Sun Cumbuco by Vila Galé) totalizaram 1,5 milhões de dormidas.

Os brasileiros, que representam quase 90% do total, mantém-se na liderança, sendo que argentinos e portugueses também foram os principais mercados nestas unidades.