Visitantes de Macau voltaram a gastar mais fora dos casinos em 2016

Os mais de 30 milhões de visitantes que escolheram Macau como destino no ano passado voltaram a gastar mais dinheiro fora dos casinos, depois de as suas despesas, excluindo em jogo, terem diminuído em 2015 pela primeira vez.

De acordo com dados divulgados hoje pelos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), em 2016, a despesa total, excluindo em jogo, foi de 52,66 mil milhões de patacas (6,24 mil milhões de euros), mais 3% face a 2015, ano em que os gastos dos visitantes de Macau caíram pela primeira vez desde 2010, ou seja, desde que há registo. A par com o aumento global verificou-se também uma subida dos gastos ‘per capita’ de 2,2% face a 2015 para 1.701 patacas (201,7 euros), indica a DSEC.

A maior despesa ‘per capita’ foi efetuada pelos visitantes da China, o maior mercado emissor de Macau, que subiu ligeiramente (0,5%) para 1.975 patacas (234,3 euros).

Os gastos ‘per capita’ dos visitantes de Singapura (1.773 patacas ou 210,4 euros), do Japão (1.708 patacas ou 202,7 euros), de Taiwan (1.620 patacas ou 192,2 euros) ou de Hong Kong (999 patacas ou 118,5 euros) também aumentaram.

Já a despesa ‘per capita’ dos visitantes da Tailândia (1.083 patacas ou 128,4 euros), dos Estados Unidos (1.262 patacas ou 149,7 euros) ou do Reino Unido (1.242 patacas ou 147,3 euros) diminuiu comparativamente a 2015.

Segundo a DSEC, no ano passado, os visitantes despenderam, essencialmente, em compras (744 patacas ou 88,2 euros, isto é 43,7% do total ‘per capita’) — menos 2,4% face a 2015.

Segundo os resultados do inquérito às despesas dos visitantes, da DSEC, analisando por principal motivo da vinda a Macau, mais de metade (50,2%) foi para passar férias.

Já 17% utilizaram o território só como ponto de passagem, enquanto 9,6% dos inquiridos foram atraídos pelas compras e 6,6% pelo jogo em casino; também para visitar familiares e amigos, para negócios e assuntos profissionais (4,1%) ou participar em convenções/exposições (0,7%).

O visitante refere-se a qualquer pessoa que tenha viajado para Macau por um período inferior a um ano, um termo que se divide em turista (aquele que passa pelo menos uma noite) e excursionista (aquele que não pernoita).

Macau foi o destino escolhido por 30,95 milhões de visitantes em 2016, ano em que, pela primeira vez numa década, o universo dos que pernoitaram representou mais de metade do total (15,7 milhões de pessoas).