Vítor Silva defende que se deve repensar o funcionamento do CEPT

&O país nunca se assumiu como país de vocação turística. & Esta é que é a questão estratégica de fundo, o turismo é e vai ser , durante muitos anos possivelmente, a maior actividade exportadora que nós temos. Se assumíssemos isso, isso tinha consequências a todos os níveis. Mas, agora, em Portugal, o que se discute é as ferramentas. O que está aí na moda é falar da Agência Nacional de Promoção&, começou por dizer Vítor Silva, Presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, durante a sua intervenção no 2º Congresso da APECATE, que se realizou na passada sexta feira, em Lisboa.Para Vítor Silva, o Turismo de Portugal é uma &máquina& e por isso, a seu ver, a solução não pode passar por acabar com ele. O que há a fazer é &juntar os actores todos para fazer melhor a promoção, e por acaso, até temos um organismo onde eles já estão todos, esse organismo é que não funciona, é o CEPT – Conselho de Estratégia para a Promoção Turística&.Para o responsável, &o que interessava era por aquele CEPT a funcionar&. &É preciso por aquela estrutura a funcionar, dar-lhe poderes deliberativos e executivos, não lhe querem chamar CEPT, chamem outra coisa qualquer, se querem chamar Agência Nacional de Promoção chamem. Agora, o que é que uma estrutura destas não pode ser? Não pode ser uma estrutura que só represente os interesses de uns, tem de ser uma estrutura que represente os interesses dos grandes, dos pequenos, dos médios e dos micros&, afirma Vítor Silva, acrescentando que esta estrutura não pode &concentrar em si a comercialização do destino. É uma estruturação que deve ser apenas virada para a promoção&.Na mesma sessão sob o tema &Promoção no mercado externo&, Pedro Machado, Presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Centro afirmou que & tudo o que seja, nesta fase, esvaziar o Turismo de Portugal, criar estruturas intermédias para além daquelas que já existem e cuja funcionalidade nós sabemos que podemos melhorar, ou acomodar transferências financeiras do Turismo de Portugal, eu acho que é preciso parar para pensar&.Por Raquel Loureiro