Web Summit: AHP estima receitas para a hotelaria de Lisboa de 4,7 milhões de euros por dia

A AHP apresentou hoje dois inquéritos a associados, o primeiro dos quais relativo ao impacto da realização da Web Summit na hotelaria da cidade e da área metropolitana de Lisboa (AML). A Associação da Hotelaria de Portugal estima que o evento de 2022, que se realizou entre 1 e 4 de novembro, contribua com receitas de 4,733 milhões de euros para a cidade (valor diário), o que significa que nos quatro dias do evento terá chegado a cerca de 19 milhões de euros, tendo por base um preço médio de 210 euros, uma taxa de ocupação média de 90% e um total de 25.047 quartos. Já na AML, a Web Summit será responsável por receitas de 5,573 milhões de euros por dia, ou cerca de 22 milhões de euros no total dos quatro dias, com um preço médio de 196 euros, uma taxa de ocupação de 80% e um total de 36.096 quartos.

Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP, deu ainda conta de que 93% dos inquiridos afirmam ter tido uma taxa de ocupação superior a 80% na AML, um valor que supera os 90% para 82% dos inquiridos apenas na cidade de Lisboa. Somente 1% na cidade afirmaram ter tido uma taxa de ocupação inferior a 70%. O inquérito revela ainda que, a nível da perceção dos associados, na cidade de Lisboa, 31% considera que a taxa de ocupação está “melhor” e 18% “muito melhor”, sendo que 31% afirma estar igual a 2019.

Quanto ao preço médio, “deu-se um salto muito grande quando comparado com 2019”, adianta a dirigente associativa. Na cidade de Lisboa, 42% consideram que está “muito melhor” e 43% “Melhor”, disparando dos 155€ de 2019 para os 210€ de média este ano. Na AML, em 2019 o preço médio foi de 142 €, tendo salto para 193€ em 2022, algo que 47% dos inquiridos considera ser “melhor” e 41% “muito melhor” do que há três anos.

Já no que se refere aos mercados, Cristina Siza Vieira reconhece um crescimento do mercado francês e português, e uma distribuição mais equitativa. O Brasil destaca-se por uma “queda interessante” e a Alemanha também perdeu o seu peso relativo. Para 52% dos inquiridos, os EUA estão no TOP 3 dos seus mercados emissores, sendo que 51% considera que o Reino Unido está no TOP 3 e 43% apontam França nestes três grandes. Em 2019, a maioria (61%) destacava o Reino Unido no TOP 3, enquanto que 44% mencionavam Espanha (que este ano, neste período, apenas foi referida por 23%) e 43% os EUA.

As reservas, durante 1 e 4 de novembro de 2022, na cidade de Lisboa, aumentaram para 93% dos inquiridos. O principal canal de reservas foi a Booking (67%), seguido de longe pelos websites próprios dos hotéis (14%), algo que a AHP gostaria que crescesse e ganhasse escala, a Expedia (8%), outros canais online (6%) e DMC próprios da Web Summit (5%).

Por Inês Gromicho