Web Summit: uma “aposta ganha” mas “aquém das expectativas”

Nos dias do Web Summit, que decorreu de 6 a 9 de novembro, a cidade de Lisboa registou uma taxa de ocupação de 79%, um aumento relativamente a 2015, em que a taxa se ficou pelos 71%. Ainda assim, os resultados obtidos com a primeira edição em Portugal desta conferência de empreendedorismo e inovação, ficaram abaixo das expectativas da maioria dos hoteleiros.

Inicialmente, o preço médio esperado na capital portuguesa rondava os 160 euros, sendo que acabou por fixar-se nos 130 euros. O mesmo sucede com a Área Metropolitana de Lisboa (AMI), onde o preço médio se ficou pelos 120 euros, ao contrário dos 150 esperados inicialmente.

Estas foram as conclusões apresentadas ontem, dia 14 de dezembro, através dos resultados de um inquérito realizado Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), junto dos hoteleiros. No entanto, os resultados foram vistos de forma satisfatória. Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP, frisou que mesmo “aquém das expectativas”, a Web Summit “trata-se de uma aposta ganha”.

Outro dos pontos a salientar deste inquérito prende-se com as principais nacionalidades que estiveram presentes na cidade durante o evento. França, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos, foram os mercados em destaque, juntamente com Portugal, sendo que na sua maioria as reservas foram efetuadas através de website próprio. Porém, o inquérito da AHP concluiu também que 39% dos hóspedes registados não vieram maioritariamente para a Web Summit.

Por outro lado, os dados demonstraram que durante os dias da Web Summit, 46% dos visitantes hospedados em Lisboa não tiveram consumo dentro dos hotéis.

Ressalve-se que esta foi a primeira edição do evento em Portugal e que se irá repetir nos próximos dois anos. Apesar dos resultados, Raul Martins, presidente da AHP salientou a importância do evento, sobretudo olhando para a sazonalidade do turismo português. “Tomara termos mais eventos como o Web Summit, fora da época alta”, finalizou.