WebSummit vai ser “enorme palco” para atrair investimento estrangeiro

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, disse que a Websummit vai ser “um enorme palco” para atrair investimento estrangeiro e recomendou às grandes empresas para que olhem para as startups como “algo determinante” para o processo de inovação. “A Websummit vai ser um enorme palco para atrair investimento direto estrangeiro, para afirmar as nossas empresas inovadoras internacionalmente. Muitas vezes, é só isso que elas precisam, têm bons projetos, têm boa capacidade, mas precisam de chegar a investidores internacionais”, disse Caldeira Cabral, no lançamento nacional do Global C-Suite Study, iniciativa da International Business Machines (IBM).

 

O ministro da Economia destacou que muitas vezes as startups (micro e pequenas empresas em início de atividade) criam oportunidades que podem não ser necessárias para Portugal, mas podem despertar o interesse de investidores internacionais e sublinhou que “Portugal tem muitos mais novos players à espera dessas novas oportunidades do que têm empresas líderes mundiais”.
Caldeira Cabral falou sobre o estudo hoje apresentado pela IBM, destacando que “a digitalização tem enorme importância” e “a ideia de que a concorrência pode aparecer de sítios completamente diferentes traz muitas oportunidades”.
“Destaco esta ideia de que a inovação vai ser mais feita fora das empresas e, como tal, as startups vão crescer mais e vão em rede trabalhar o processo de inovação. É bom que as grandes empresas olhem cada vez mais para estas empresas, não só como oportunidade, mas como algo determinante para que não fiquem para trás”, disse Caldeira Cabral.
O ministro reforçou “a enorme oportunidade” que a WebSummit representa para Portugal, mas também a realização de outros eventos, afirmando que está a ser criada “uma unidade no Turismo de Portugal para atrair mais conferências para Portugal”.
O estudo ‘Redefining Boundaries: Insights from the Global C-Suite Study’, hoje apresentado, mostra que o fenómeno conhecido por “uberização” ou “síndrome de Uber” representa o aparecimento de novos concorrentes até agora considerados improváveis e conclui que este se tornou na “principal preocupação dos principais executivos do mundo”. Segundo o presidente da IBM Portugal, António Raposo de Lima, o atual momento “é disruptivo e constantemente dinâmico” pelo que “exige não apenas a transformação dos modelos de negócio e das organizações”, mas também “a sua transformação contínua, como nunca antes” se experimentou.
O estudo conclui ainda que “as fronteiras da concorrência estão a esbater-se ” e que é preciso estar atento e preparado para os invasores digitais, além de que “não basta pedir o ‘feedback’ dos clientes, é preciso implementá-lo”, criando uma perspetiva panorâmica. Refere ainda que para prevenir os riscos da tecnologia, é necessário ser o primeiro e o melhor.