WTTC pede a Boris Johnson e Líderes G7 para retomarem viagens internacionais urgentemente

A World Travel & Tourism Council (WTTC) pede a Boris Johnson e aos Chefes de Estado do G7 para liderarem uma resposta coordenada à retoma das viagens internacionais seguras, que considera ser crucial para a recuperação global económica e social. A WTTC enviou assim uma carta aberta ao Primeiro Ministro britânico, líder do grupo G7 em 2021, dias antes destes se reunirem em Carvis Bay, na Cornualha.

A carta apela ao papel fundamental dos G7 como impulsionadores de uma mudança real, salvando o setor do turismo ao retomar as viagens internacionais e a mobilidade através de três medidas chave.

A primeira medida é colocar o Turismo no centro de todas as decisões governamentais a nível global, reconhecendo a sua importância económica e social, e comprometendo-se a uma colaboração mais forte entre o público e o privado.

Em segundo lugar, o compromisso de implementar um quadro consistente para reabrir o turismo internacional em segurança, através do uso de testes, protocolos de saúde e higiene, e certificados digitais de saúde para garantir o movimento seguro das pessoas.

Por fim, diz a WTTC, reabrir as fronteiras internacionais entre países com programas de vacinação similares e níveis reduzidos de infeção, tais como os EUA e o Reino Unido. Esta medida desbloquearia tanto as viagens de incoming como de outgoing, e seria um estímulo importante para as duas economias, com base em métricas claras e consistentes, e adotando uma abordagem baseada em dados.

Virginia Messina, vice-presidente e CEO interina da WTTC, afirma que “com o setor do turismo preso por um fio, Boris Johnson está numa posição privilegiada para liderar a resposta dos G7 à retoma das viagens internacionais e salvar milhões de empregos e vidas que dependem de um setor dinâmico. A situação é crítica, por isso devemos colocar o Turismo no centro de todas as decisões governamentais e chegar a acordo quanto a um quadro consistente para reabrir fronteiras internacionais. Os riscos de não o fazer são enormes. Só nos países G7, o setor representa 5,11% da economia total e quase um em cada 10 postos de trabalho globalmente (9,07%). Se não salvarmos o turismo internacional, simplesmente não alcançaremos a recuperação sócio-económica global. Contudo, podemos e devemos aproveitar a oportunidade apresentada pelo bem-sucedido programa de vacinação para remover restrições de viagens e construir pontes, não muros, que permitam a livre circulação das pessoas que estejam totalmente vacinadas ou possam mostrar prova de um teste negativo. Apelamos ao Governod e Boris Johnson que liderou ao administrar a primeira dose de vacina Covid-19, e aos outros líderes dos G7, que dêem este passo corajoso e salvem um setor que será crucial para salvar as suas economias”.

Na mesma carta, a WTTC afirma que o setor do turismo terá um papel essencial para atingir as prioridades das políticas do G7 estabelecidas no mandato de Boris Johnson.

E acrescenta que não conseguiremos recuperar a não ser que a mobilidade internacional seja reposta e ajude a trazer de volta milhões de postos de trabalho para a economia.