Após dois meses de formação dos 23 elementos da equipa com a Porto Ambiente, a unidade hoteleira YOTEL Porto já faz parte do leque de empresas que possuem os “CERTIFICADOS Formação Ambiental” desta entidade. A criação de um espaço exclusivo para resíduos, a “Casa do Lixo”, onde, através de contentores, se pratica a separação do plástico e embalagens, papel e cartão, vidro, indiferenciados e orgânicos, é um bom exemplo do compromisso do hotel para com a sustentabilidade. Após a verificação do espaço, a equipa da Porto Ambiente fez uma visita à cozinha onde se testemunhou também que a separação dos orgânicos é já uma prática adotada pelos elementos da cozinha do YOTEL.
“Somos uma empresa que tem a missão de fortes índices de sustentabilidade e, nesse sentido, achámos que era importante grande parte da equipa e chefias terem uma formação mais específica, para que estivessem mais sensibilizadas com o impacto da adoção de boas práticas no dia-a-dia a nível laboral”.
“Somos uma empresa que tem a missão de fortes índices de sustentabilidade e, nesse sentido, achámos que era importante grande parte da equipa e chefias terem uma formação mais específica, para que estivessem mais sensibilizadas com o impacto da adoção de boas práticas no dia-a-dia a nível laboral”, começa por dizer Manuel Carneiro, diretor-geral do YOTEL, destacando que, desde a formação, “conseguimos perceber que, às vezes, pequenas coisas fazem toda a diferença”.
A colocação dos contentores de lixo em momentos em que há recolha é uma dessas pequenas coisas: “Tínhamos um problema no exterior com as gaivotas a picaram os sacos do lixo, que acabavam por ficar dispersos na rua. A adoção da mecânica e da comunicação com a equipa relativamente a uma estipulação de horários em que o lixo é colocado lá fora fez com esse problema deixasse de existir”. A isto, soma-se a sensibilização de todos os ativos do hotel, como a importância da separação correta do lixo, que fez também com que se conseguisse reduzir os consumos: “As pessoas perceberam que não era preciso usar duas folhas de papel para limpeza e conseguem utilizar uma, fazendo com que o espaço utilizado para a colocação de sacos de lixo fosse reduzido”, exemplifica.
“Notamos uma equipa mais sensibilizada e, mesmo com os clientes, temos mais informações para lhes transmitir e fazer com que a performance seja muito melhor”.
Assim, após estes dois meses da formação, o balanço não podia ser mais positivo: “Notamos uma equipa mais sensibilizada e, mesmo com os clientes, temos mais informações para lhes transmitir e fazer com que a performance seja muito melhor”, afirma.
“Com a adoção de boas práticas na separação do lixo e ao nível ambiental, percebemos que esta equipa é muito formada e queremos aproveitar esse facto para poder passar esse conhecimentos para futuras equipas”
Com a abertura prevista de uma nova unidade em 2024 em Lisboa, Manuel Carneiro assegura que vão aproveitar a formação e transmitir o conhecimento para futuras equipas: “Com a adoção de boas práticas na separação do lixo e ao nível ambiental, percebemos que esta equipa é muito formada e queremos aproveitar esse facto para poder passar esse conhecimentos para futuras equipas”.
Apesar de reconhecer que, inicialmente, pode haver sempre “algum receio” na presença da formação, o empresário afirma que, rapidamente, as pessoas perceberam o quão importante é este tipo de ações, até mesmo na adoção de algumas práticas na sua própria casa: “No fundo, o conhecimento que adquirem nesta formação faz com que no dia-a-dia, as pessoas tenham mais cuidado naquilo que é a separação do lixo e o cuidado com o meio-ambiente”.
“Todos nós, empresários e empresas, temos a responsabilidade daquilo que é a adoção de boas práticas que façam com que a nossa cidade seja mais sustentável e mais verde. Enquanto empresários, temos essa missão de passar às nossas equipas essa mesma importância”.
Como mensagem a todos os empresários portuenses, o diretor-geral do YOTEL deixa um apelo de responsabilidade: “Todos nós, empresários e empresas, temos a responsabilidade daquilo que é a adoção de boas práticas que façam com que a nossa cidade seja mais sustentável e mais verde. Enquanto empresários, temos essa missão de passar às nossas equipas essa mesma importância”. Para Manuel Carneiro, “o Porto será sempre melhor, se for um Porto mais verde e penso que esta é uma mensagem que deve ser transmitida a todos os agentes da cidade porque é isso que faz com que a cidade possa crescer, não só a nível turístico mas, também, económica e ambientalmente”.
Na Porto Ambiente, as equipas de sensibilização já são uma realidade desde 2019 mas foi durante a pandemia que surgiu o plano de formação. Com as empresas mais fragilizadas devido aos encerramentos provocados pelos confinamentos e consequente redução da faturação, “o pagamento de uma coima poderia provocar alguns constrangimentos. Assim, abriu-se aqui a possibilidade de as trazer até nós e conseguir mudar as práticas e mentalidades”, recorda Rita Morense, formadora na Porto Ambiente, que acrescenta que o setor da restauração é o que apresenta maiores dificuldades de implementação de boas práticas, devido ao facto de existirem “estabelecimentos com cozinhas muito reduzidas”, além da “rotatividade de trabalhadores”.
Apesar das falhas acontecerem “um pouco por toda a cidade”, veem-se melhorias e bons resultados. Os hotéis são um desses exemplos: “Estamos a conseguir com que se criem condições dentro dos quartos, dando a possibilidade ao hóspede de fazer a separação” , exemplifica.
O plano de formação inclui quatro sessões e, no final, se a empresa estiver a cumprir os parâmetros de separação dos resíduos, a Porto Ambiente atribui um certificado à empresa e a cada um dos formandos, ambos com a validade de um ano.
Por Cristiana Macedo.