2015 deverá ser um ano recorde para o investimento estrangeiro em imobiliário hoteleiro, segundo a JLL. A consultora revela que as transacções globais de hotéis atingiram os 42 mil milhões de dólares (cerca de 37,4 mil milhões de euros) na primeira metade do ano, “impulsionadas por um robusto investimento estrangeiro”.
O maior volume transacionado no primeiro semestre do ano verificou-se no Continente Americano, com 24 mil milhões de dólares (21,4 mil milhões de euros), uma subida de 73% face ao mesmo período de 2014. Segue-se a região EMEA, que teve uma subida de 56% para os 15 mil milhões de dólares (13,3 mil milhões de euros), enquanto que a região da Ásia-Pacífico registou um ligeiro declínio no volume de investimento, recuando 6% para quatro mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros).
Apesar dos fundos americanos de capital privado continuarem a ser a maior fonte de capital no segmento de imobiliário hoteleiro, o primeiro semestre de 2015 assistiu a um aumento significativo das transações que envolvem investidores chineses e do Médio Oriente, que alocaram 9,8 mil milhões de dólares (8,7 mil milhões de euros) a esta classe de imóveis a nível global e que se traduziu num aumento superior a 2,3 mil milhões de dólares (2,05 mil milhões de euros) face ao mesmo período do ano anterior.
“Uma das maiores tendências de 2015 é a vaga de investimento do Médio Oriente e da China que está a chegar aos ativos hoteleiros em todo o mundo. Isto acontece apesar de algumas preocupações que continuam a marcar a agenda mundial, como a crise da dívida grega e as recentes flutuações no mercado bolsista chinês”, afirma Mark Wynne Smith, CEO Global da JLL Hotels & Hospitality. “No início do ano previmos um volume global anual de transações de hotéis de 68 mil milhões de dólares (60,6 mil milhões de euros). Já atingimos 60% desse valor no 1º semestre de 2015 e, se essa dinâmica continuar a verificar-se no segundo semestre, iremos certamente superar a nossa previsão”.
Continente americano – Investimento estrangeiro cresce 176%
O investimento total estrangeiro em hotéis no Continente Americano no primeiro semestre de 2015 atingiu os 4,2 mil milhões de dólares (3,7 mil milhões de euros), um aumento de 176% face ao mesmo período de 2014. Deste valor, quatro mil milhões (3,5 mil milhões de euros) são oriundos de investidores chineses e do Médio Oriente, cujos volumes demonstram uma espantosa subida de 308% face ao 1º semestre de 2014.
Entre as principais transações no 2º trimestre de 2015 incluem-se as vendas do Edition New York (por 343 milhões de dólares à ADIA) e do Baccarat Hotel & Residences NYC (por 230 milhões de dólares ao Sunshine Insurance Group).
EMEA – O lugar mais atraente do mundo para o investimento estrangeiro
Em termos de investimento estrangeiro em imobiliário hoteleiro, a região EMEA recebeu o maior volume no primeiro semestre de 2015, nomeadamente de nove mil milhões de dólares (8,03 mil milhões de euros).
“As vendas de portefólios são cada vez mais populares na região EMEA e concentraram 65% do total de volume de transações,” comenta Wynne Smith. “Isto diz-nos que os investidores estão à procura de escala num mercado que está a tornar-se muito competitivo”.
O maior negócio envolvendo um portefólio no segundo trimestre de 2015 foi a venda da carteira Maybourne em Londres a um investidor do Médio Oriente por dois mil milhões de dólares (1,78 mil milhões de euros).
Ásia-Pacífico – Foco em negócios de ativos individuais
As transações de ativos individuais dominaram a região Ásia-Pacífico, representando 82% (três mil milhões de dólares) no total do volume de investimento. Os fundos soberanos foram os compradores mais ativos no segundo trimestre de 2015. O maior negócio foi a venda de 50% à ADIA de três hotéis em Hong Kong (Renaissance Harbour View, Hyatt Regency Tsim Sha Tsui e o Grand Hyatt) com um valor estimado de mil milhões de dólares (cerca de 890 milhões de euros).