O Aethos Ericeira tem um novo chef: Nuno Matos trocou o Douro pelo Oeste para assumir a liderança do restaurante ONDA, onde promete divertir-se, dando palco aos vegetais, peixes e mariscos da região.
Apostando numa cozinha simples, cuidada, com produtos de qualidade, idealmente locais e sazonais, e sem grandes artifícios, Nuno Matos chegou há poucas semanas à Ericeira onde irá liderar a cozinha nos diferentes espaços do Aethos, mas já deixou no ONDA a sua assinatura, com propostas onde o sabor é o protagonista, com grande destaque para produtos do mar, aos pés do restaurante, e para ingredientes menos evidentes. “Quero divertir-me acima de tudo e fazer uma cozinha dinâmica”, esclarece o cozinheiro. “São pratos que não levam muitos elementos, mas a par de uma boa proteína, há sempre uma boa guarnição”, explica. “Acredito que temos sempre de dar carinho ao produto, não é por uma cebola custar menos do que um pregado que vou dar-lhe menos atenção.” Uma filosofia que Nuno parece estender a tudo o que faz.
Ao almoço, a ideia é oferecer uma cozinha mais casual, leve e rápida, sem descurar a abordagem ou os sabores. Bons exemplos são o Ceviche do dia, as Amêijoas à Bulhão Pato com alho e coentros ou a Salada de beterraba e laranja, canónigos, amêndoas e queijo azul, com um tempero de vinagre maçã, mel e algas que prometem fazer concorrência à vista deslumbrante para o Atlântico que se tem a partir do interior do ONDA. Ao jantar, a abordagem é mais gastronómica e com uma maior variedade de sugestões, como o Polvo do Atlântico, molho de noz, uvas e salsa; o Robalo e lula do Atlântico com arroz de funcho e salicórnia; a Raiz de aipo assada, miso, cogumelo eryngui e molho de vinho tinto; ou a Garoupa selvagem, couve-flor, pak choi e cebola assada, nos principais. Nas sobremesas, o Posset de limão, sorvete de framboesa, crumble de amêndoa; o Creme de milho, gelado de pipoca, caramelo salgado; e o Arroz-doce de coco, sorvete de tangerina, salicórnia. Todas obrigatórias.
Sempre atento ao tema da sustentabilidade [o restaurante Vale Abraão, do Six Senses Douro Valley, venceu este ano o “Prémio Especial Studioneves de Sustentabilidade” dos Prémios Mesa Marcada, tendo ainda Nuno Matos como chef executivo] e da flexibilidade – que trouxe para a cozinha no Aethos Ericeira — o chef faz questão de incluir na sua proposta opções vegan, vegetarianas e sem glúten. “Tenho de pensar que este não é um restaurante de autor, é um restaurante de hotel que tem um chef criativo que também é agregador de gostos”, diz. “Não vou nunca ser um chef que diz a uma pessoa que tem alguma restrição alimentar que o meu restaurante não é para ela”. É o caso da Salada de cebola assada, miso, alho francês e sementes de abóbora ou da Beringela piri-piri, puré de batata-doce, avelãs e kale.
Nuno Matos traz consigo a experiência ganha nas cozinhas do Six Senses Douro Valley, do Zaranda, em Maiorca (2** Michelin), do Saturne, em Paris (1* Michelin), ou do Relae, em Copenhaga (1*Michelin), ou ainda do primeiro estágio no The Fat Duck (3** Michelin), no Reino Unido.
Localizado numa falésia debruçada sobre o Atlântico, o Aethos Ericeira e o seu restaurante têm uma vista deslumbrante, agora ainda mais especial. “Com a chegada do Nuno para liderar a nossa oferta gastronómica, seremos capazes de criar uma experiência emocionante e sustentável para os nossos clientes e conceber uma identidade própria e alinhada com os diversos outlets do hotel, do ONDA ao pool bar”, refere Floris Boyen, Diretor Geral do Aethos Ericeira. “Acreditamos que o seu foco no sabor e na frescura, o seu amor pelo mar e o seu talento para trabalhar os vegetais de uma forma muito natural estão em total sintonia com o que os nossos clientes e habitantes locais aspiram”. O convite está feito.
