Num verão de grande intensidade turística e visibilidade internacional para o destino Portugal, o mais recente Barómetro do Turismo do IPDT confirma o elevado nível de confiança dos profissionais do setor, com o índice a atingir 83,3 pontos, um dos mais altos desde o início da série em 2010.
A edição de julho antecipa um 2.º semestre positivo, mas lança alertas estratégicos que exigem visão, investimento e ação coordenada.
Entre os principais destaques está o crescimento acentuado no mercado externo, impulsionado pelo Reino Unido, Espanha, EUA, França e Alemanha. As expectativas apontam para um verão com mais turistas, mais dormidas e receitas superiores, refletindo uma procura internacional com maior poder de compra e interesse pela oferta portuguesa.
O mercado interno mantém estabilidade face ao verão recorde de 2024, o que é visto como um sinal de resiliência da procura nacional num contexto de inflação e contenção do consumo.
O mercado asiático é identificado como um eixo estratégico ainda subaproveitado. Os profissionais destacam a necessidade de uma atuação mais coordenada, centrada em conectividade aérea direta com os principais hubs asiáticos, parcerias com operadores turísticos e OTAs especializadas, campanhas digitais culturalmente ajustadas e facilitação de vistos e entrada.
A edição assinala também os 40 anos da integração de Portugal na CEE, sublinhando os impactos positivos da mobilidade Schengen, da adoção do euro e do acesso a fundos comunitários na modernização turística do país.
Mas, apesar do cenário favorável, os riscos persistem: “a confiança do setor é sustentada, mas não pode ignorar os desafios. A instabilidade climática, as limitações de infraestruturas críticas como o aeroporto de Lisboa e a crescente retórica anti-turismo exigem respostas firmes e estruturadas”, alerta António Jorge Costa, presidente do IPDT.






















































