Carlos Moedas: “Estou aqui para vos ajudar, mas também espero que contribuam para a cidade”

Foram estas as palavras de Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, dirigindo-se ontem ao MS Group, que inaugurou o terceiro hotel da marca Moon & Sun na capital. O autarca mostrou-se feliz com o investimento do grupo hoteleiro liderado por Pedro Mesquita Sousa e garantiu: “Estou aqui para vos ajudar, para vos defender, mas também espero que contribuam para a cidade, não só na criação do emprego mas no dia a dia da comunidade, para aqueles que mais precisam”.

Carlos Moedas não deixou pois de agradecer ao MS Group o investimento feito em Lisboa e admitiu que esta é uma função de um presidente da Câmara: “dizer obrigado a quem investe, a quem arrisca, porque são as empresas que arriscam, foram vocês que colocaram aqui toda a vossa alma, o vosso dinheiro e com risco total”.

O presidente da autarquia lisboeta reconheceu que “vivemos um momento muito bonito da cidade, um momento em que a cidade está no seu topo”, recordando, por exemplo, a distinção com o Prémio de Capital da Inovação da Europa. E apontou os números de 2023 onde a região atingiu os 20 milhões de dormidas, cerca de mais 9% do que em 2022, com os proveitos a subirem cerca de 38%, “uma boa notícia para quem gere hotéis”, frisou.

Não hesita pois em afirmar que “é um momento incrível da cidade e vocês são parte desta história”, sublinhando ainda o orgulho que sente pelo facto do MS Group encarar o turismo com uma perspetiva histórica, no sentido de “valorizar a nossa identidade, a nossa história”. Carlos Moedas admitiu ficar “uito zangado quando vejo, hoje em dia, pessoas a quererem apagar a história” pois “validar a nossa história é não termos medo da nossa identidade”. E valorizou o facto do MS Group ser um grupo “que não quer apagar a história, que deixa a marca da cidade”.

Outro aspeto destacado pelo autarca de Lisboa foi a reabilitação da cidade, de edifícios que antes estavam destruídos e abandonados, de um zona da cidade que anteriormente estava vazia. “O que está aqui não foram as famílias que se foram embora; obviamente que houve famílias na Mouraria e em Alfama, e é pena que tenha acontecido, devíamos ter protegido porque os turistas não querem uma Disneylândia, não querem só hotéis e alojamento local”, alertou Carlos Moedas. O responsável defende que “não podemos entrar em ideologias e radicalismos, num discurso contra o turismo que se está a criar em algumas margens dos nossos partidos radicais, sobretudo da esquerda”. E concluiu afirmando que o turismo representa 20% da economia e 25% do emprego de Lisboa, felicitando o Moon & Sun Lisboa por ter criado 25 postos de trabalho com a sua abertura.

Por Inês Gromicho

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