Para a easyJet, a nova taxa de carbono de dois euros por passageiro e viagem que entrou em vigor no passado dia 1 de julho é um imposto “ineficaz e inadequado pois não está vinculado às emissões de CO2” e adianta que “não há evidências de que este imposto irá beneficiar o setor ou de que as suas receitas irão ser reinvestidas em I&D para apoiar o desenvolvimento de novas tecnologias”.
A easyJet garante ter estabelecido uma posição pioneira ao tornar-se uma das companhias aéreas mais sustentáveis da Europa, a compensar 100% do carbono emitido nos seus voos, sempre a operar com eficiência hoje e a impulsionar o uso de novas tecnologias inovadoras de emissão zero para o futuro. E vem assim pedir a suspensão da implementação da taxa de carbono. “O imposto deve ser avaliado antes da sua implementação, pois não é clara a forma de como o governo pretende usar as receitas do mesmo para combater as mudanças climáticas. Em última instância, esta medida será apenas um novo imposto cobrado sobre os passageiros que levará a um aumento nas passagens aéreas para os clientes”, esclarece a companhia aérea, em comunicado.
A companhia aérea assegura apoiar proativamente medidas para reduzir o impacto da aviação no meio ambiente, no entanto, adianta que este imposto não se revela eficaz porque, como é uma taxa fixa – em que todos pagam dois euros -, não pode refletir a pegada de carbono das diferentes companhias aéreas e viagens, portanto, não pode ser considerada ecológica, uma vez que não está diretamente ligada às emissões de CO2.
Deste modo, a easyJet requer clareza sobre como esta medida vai apoiar o setor da aviação a ser mais sustentável e se as receitas serão investidas em I&D para novas tecnologias disruptivas de emissão zero.
Os recursos que vão para o Fundo Ambiental para serem usados exclusivamente em projetos ambientais relacionados com a investigação e desenvolvimento de tecnologias como hidrogénio ou eletricidade ou em projetos de compensação de carbono Gold Standard. E ainda a carência de um ano para desenvolvimento e testes antes do início da implementação da Portaria 38/2021.
José Lopes, diretor geral da easyJet para Portugal, sublinha: “A easyJet acredita que a indústria da aviação precisa de desempenhar o seu papel no combate às mudanças climáticas. No entanto, este imposto é incorreto, pois não traz nenhum benefício para o meio ambiente enquanto não estiver diretamente ligado às emissões e as suas receitas não forem reinvestidas em novas tecnologias de emissão zero. Não contribui para melhorar a sustentabilidade da indústria e, além disso, impede a recuperação da economia nacional que está dependente do turismo. Um imposto sobre passageiros não é a abordagem correta, pois não incentiva as companhias aéreas a tornarem-se mais sustentáveis”. E acrescenta que “a easyJet reitera o seu compromisso com uma indústria de aviação segura e continuará a compensar totalmente as emissões de carbono de todos os voos em nome dos seus passageiros. Está focada em operar de forma eficiente hoje, ao usar a sua moderna frota de aviões (15% mais eficientes em termos de combustível) e impulsionar o desenvolvimento de tecnologias de emissão zero para o futuro com os parceiros Airbus e Wright Industries. Continuamos empenhados em trabalhar com a ANAC e o Governo português para implementar medidas para cumprir a meta líquida de zero da indústria até 2050.”
A easyJet acredita que a indústria da aviação precisa de desempenhar a sua parte no combate às mudanças climáticas e atingir o valor líquido zero até 2050 ou antes. Tem liderado consistentemente o setor na promoção de ações sobre mudanças climáticas, incluindo o fato de ser a primeira grande companhia aérea a compensar todas as emissões de carbono nos seus voos, ao colaborar com parceiros especializados e escolher apenas soluções do mais alto padrão, que tenham certificados Gold Standard ou VCS. Acredita que esta é a maneira mais eficaz para ter impacto agora – mas sabe que esta é uma medida provisória e que uma ação radical também é necessária. Está a trabalhar com os parceiros Airbus e Wright Electric para acelerar o desenvolvimento de tecnologias de emissão zero e mantém-se confiante de que, em meados da década de 30, começará a ver os seus clientes a voarem em aviões elétricos, a hidrogénio ou híbridos. Acredita ainda que as novas tecnologias de aviação são a solução para descarbonizar a indústria onde opera e, ao mesmo tempo, promover a inovação, a conectividade e os empregos locais. Ao mesmo tempo, também continua a operar os seus voos da forma mais eficiente possível e tem uma das frotas mais jovens e mais económicas da Europa.
A easyJet quer que voar seja – e permaneça – acessível para todos, não apenas para os mais abastados. Os benefícios da aviação são incomparáveis no que se refere a conectar pessoas, reunir amigos e família, permitir que as pessoas vivenciem diferentes culturas e também proporcionar prosperidade económica – uma das razões da liberalização do mercado de aviação na UE e, especialmente relevante, após a pandemia global. Todo o espírito da easyJet nos últimos 25 anos tem sido permitir que todos viajem e manterá esta missão.






















































