“Estamos preparados para retomar os cruzeiros em abril”

Depois de ter sido a primeira grande companhia de cruzeiros a recomeçar a atividade em final de agosto de 2020, após a suspensão de toda a frota entre março e abril desse ano, como consequência da pandemia da Covid-19, a MSC Cruzeiros volta a querer estar na frente da retoma. Eduardo Cabrita, diretor geral da MSC Cruzeiros para Portugal, em conferência de imprensa virtual com os jornalistas esta quinta-feira, garantiu que “estamos preparados para retomar os cruzeiros em abril” com todos os navios, explicando que esta intenção da companhia se deve, por um lado, ao facto de ser “importante recomeçar e dar um sinal de confiança às pessoas”, em geral, assim como a toda a cadeia de fornecedores.

Com os navios a funcionar a 1/3 da sua capacidade, o responsável garante que os cruzeiros têm todas as condições para operar em segurança e que hoje estão bem preparados para as atuais condições sanitárias a nível global. Defende mesmo que os cruzeiros devem ser considerados como “bolhas sociais”, onde os protocolos de segurança e higiene têm sido eficazes desde que em agosto a MSC voltou ao mar, tendo transportado já cerca de 20 mil cruzeiristas. Os cuidados começam desde logo com a tripulação, que é submetida a vários testes e períodos de quarentena antes de começar a trabalhar, e culminam com os hóspedes que, além do resultado do teste feito até 72 horas antes de embarcar, e de mais um teste antigénio antes de embarcar, têm ainda de responder a um questionário detalhado.

MSC Virtuosa

O MSC Virtuosa será, assim, o primeiro navio a regressar ao mar já para a sua primeira temporada de verão, já a 16 de abril, com quatro cruzeiros no Mediterrâneo de três, quatro e 10 noites, antes de se dirigir para o seu novo porto de embarque em Kiel, de onde iniciará os itinerários pelo Norte da Europa a partir de 8 de maio. Recorde-se que este é o mais recente navio da MSC Cruzeiros, entregue a 1 de fevereiro, sendo o segundo da classe Meraviglia (o terceiro surgirá em 2023).

Este novo navio, um dos mais avançados a nível ecológico, e com várias novidades a nível de entretenimento e gastronomia, fará ainda cinco cruzeiros Lisboa-Lisboa (18 e 27 de setembro, 6, 15 e 14 de outubro). Eduardo Cabrita acredita que, no atual momento, os cruzeiros sem componente aérea poderão ser dos mais requisitados no mercado português, pelo que o MSC Virtuosa terá certamente sucesso.

Lembrando que 2021 será “um ano de transição”, o diretor geral da MSC Cruzeiros para Portugal mostra-se otimista e não hesita em admitir que acredita que “2022 será um ano de euforia”, se o atual ano for de estabilização. Por isso defender que estava na altura de dar um sinal de confiança ao mercado. Em relação aos agentes de viagens, de quem a companhia depende para concretizar as suas reservas, Eduardo Cabrita garante que a aproximação tem sido regular, dando conta de todas as novidades e atualizações da companhia e deixa agora nas suas mãos a “missão” de captar os clientes novamente para os cruzeiros. Os passageiros que receberam vouchers com o cancelamento da operação poderão remarcá-los, até ao final de 2021, mesmo para cruzeiros futuros. E o responsável reconhece que sempre que há alguma novidade positiva sobre a vacina, as remarcações aceleram, estagnando se surgem mais novidades sobre novos confinamentos e restrições.

Por outro lado, lembra que a MSC Cruzeiros lançou uma política de flexibilização que, neste momento, se estende até março, mas poderá vir a prolongar-se, e que possibilita que o cliente remarque a sua reserva até 15 dias antes da partida (ou 21 dias caso envolva avião). Além disso, lançou ainda uma promoção em que o segundo passageiro é grátis em cruzeiros de 2021, para fomentar a procura da remarcação.

Por tudo isto, Eduardo Cabrita frisa que “o setor dos cruzeiros vai ter muitas cartas para dar” quando a retoma se confirmar. E que, havendo uma diminuição dos casos nas próximas semanas, por toda a Europa, incluindo Portugal, as remarcações possam começar a avançar.