Esta unidade hoteleira no Martim Moniz, em Lisboa, integrante do grupo PHC Hotels, está a ser intervencionada há cerca de dois anos, numa obra que se estima nos 20 milhões de euros e que durará até 2027. O gabinete de arquitetura Broadway Malyan está a cargo da transformação e já trouxe ao lobby do hotel uma nova dimensão.
Miguel Andrade, Diretor de Operações do grupo, revela à imprensa todos os pormenores que já podem ser vistos com os próprios olhos. O Hotel Mundial, nascido nos anos 60, continua a ser uma referência na capital e quer inovar-se: “o objetivo em 2027 é ter um hotel requalificado e com um posicionamento diferente, para um mercado de lifestyle e qualidade muito premium”.
Agora com o lobby concluído, mais amplo, com mais luz e com a portugalidade bem marcada nos materiais usados e no Bar Maximinus, a requalificação segue para o piso 1, estando as obras previstas para arrancar em maio. Neste piso, que se espera pronto ainda em novembro deste ano, nascerá um espaço MICE para reuniões corporate e incentivos, com 500m2 e oito salas com tecnologia de ponta. A aposta neste mercado é defendida por Miguel Andrade devido à estadia média do cliente MICE ser superior ao de lifestyle e dos próprios gastos serem igualmente maiores durante esse período.
Neste andar nascerá também um fitness center e um novo restaurante, o 28, alusivo ao elétrico mais famoso da cidade, que percorre do Martim Moniz ao Cemitério dos Prazeres. Este restaurante terá de apoio um terraço, ideal para os dias de sol, onde o hóspede poderá tomar o seu pequeno-almoço: “uma proposta única no centro de Lisboa”.
As obras continuarão em 2026 e 2027 com a requalificação dos quartos, sendo que o Hotel Mundial passará a ter 31 suítes e 30 quartos comunicantes, um grande reforço nestas tipologias. A partir de 2028, espera-se ainda a melhoria dos espaços do rooftop e do restaurante Varanda, mas esta intervenção já não está equacionada nos 20 milhões de euros de investimento.
Depois do Convent Square, Mundial também recebe marca internacional
O Convent Square Lisbon by Vignette Collection, do mesmo grupo hoteleiro e aberto há sensivelmente dois anos, tem atuado sob a marca da IHG (InterContinental Hotels Group), e Miguel Andrade admite uma grande satisfação com esta unidade, que registou em 2024, primeiro ano em funcionamento pleno, 80% de ocupação e preço médio de 248 euros. Além disso, o hotel está em 2.º lugar no ranking de satisfação do cliente da marca IHG.
Face a este sucesso, a PHC Hotels admite que o Hotel Mundial também estará muito em breve sob a alçada de uma marca internacional, que não será a mesma do Convent Square. O negócio está praticamente fechado e nos próximos dias poderá ser revelado quem será o parceiro desta unidade.
Denote-se que apesar do Mundial ter iniciado as obras, em 2024 continuou a ter uma taxa de ocupação acima dos 80% e um preço médio de 145 euros. Globalmente, o grupo hoteleiro, que integra mais duas unidades em Lisboa, teve um crescimento de 60% de receitas totais, impulsionado pela abertura em pleno do Convent Square. O GOP também subiu 30% face a 2023.
Para 2025, Miguel Andrade espera um crescimento do preço médio em todas as unidades, na ordem dos dois dígitos, mas com um declínio de vendas no Hotel Mundial devido às obras que afetarão o número de quartos disponíveis. No geral, o grupo tem 530 quartos, mais de 350 colaboradores e atende em média 1.500 clientes por dia.
Em relação a mercados emissores, o maior destaque são os EUA, seguindo-se o Reino Unido, a Alemanha e a França. No caso do Mundial, o mercado nacional ainda tem uma boa representação, que andará também nos dois dígitos (perto dos 15%).
Retenção a 70% nos Recursos Humanos e aposta na formação
Em 2024, a PHC Hotels conseguiu uma taxa de retenção de recursos humanos de 70%, muito impulsionada pela oferta de formação aos colaboradores, essencialmente nos cargos de liderança. Este ano, a aposta irá manter-se, desde ativos de linha à direção executiva.
A novidade de 2025, é que o colaborador do grupo passará a usufruir do dia livre no seu aniversário, além de manter um ordenado mínimo acima da média nacional: “o objetivo é continuar a melhorar a proposta de valor para os colaboradores”, afirma Miguel Andrade, acrescentando que a entrada da marca internacional ajudará ainda a projetar estas pessoas no mercado de trabalho.
Outra promessa deixada pelo grupo hoteleiro português é continuar a reforçar o número de colaboradores nos quadros.
Sobre novas oportunidades de negócio, o Diretor de Operações admite que o grupo anda de olho no mercado, essencialmente em Lisboa, mas não avança nenhuma novidade para breve.
Veja aqui algumas imagens da renovação do lobby do Hotel Mundial:
Por Diana Fonseca
























































