Um ano após várias cadeias globais terem implementado novos prazos de cancelamento, o comportamento de reserva dos viajantes em grandes empresas globais não mudou. Análises de reservas empresariais desenvolvidas pela HRS, provedor global de soluções hoteleiras, indicam que o número de cancelamentos aumentou quase 1% (0.9). E os custos adicionais para as empresas são consideráveis: as condições mais rigorosas levaram as empresas a absorver gastos mais altos com hotéis – em média, 3.8% dos seus gastos totais.
Consequentemente, as empresas que estão a negociar os seus acordos de hotéis para 2019 estão a dar prioridade à flexibilidade nos cancelamentos e os viajantes de negócios citam essa flexibilidade como um elemento extremamente importante em qualquer viagem de negócios. As empresas procuram evitar penalizações de cancelamento e outras penalizações que signifiquem custos adicionais com hotéis.
Para esta pesquisa, a HRS analisou o comportamento de reservas dos seus maiores clientes corporativos em todo o mundo. Em setembro de 2017, a HRS avaliou cancelamentos nesse mesmo grupo de empresas, prevendo custos adicionais para as empresas na casa dos milhões, já que grandes cadeias globais alongaram o período de “taxa por cancelamento” de 24h a 48 horas antes da chegada. Numa pesquisa com 100 Gestores de Viagens, um terço afirmou querer negociar condições especiais apropriadas para evitar essas penalizações.
“Taxas de resort urbanos” representam mais complexidade para os programas de hotéis corporativos nos EUA
O New York Times comentou, a 22 de outubro, sobre uma nova tendência de taxas hoteleiras, impactando principalmente grandes empresas na América do Norte. O número de hotéis nos centros urbanos dos EUA a cobrar “taxas de resort” (“resort fees”) – normalmente de USD $20 a USD $40 por noite – cresceu de 2% a 8% no ano passado, segundo um novo estudo da New York University School of Professional Studies Jonathan M. Tisch Center for Hospitality and Tourism. Espera-se que essas “taxas de resort urbanos” gerem 110 milhões de dólares em novas receitas em 2018, com uma parcela significativa recaindo sobre os viajantes em negócios que normalmente se hospedam nessas propriedades. Nos Estados Unidos, entre os cinco principais destinos de viagens em negócios, um total de 280 hotéis já cobram uma taxa de resort* e a pesquisa da NYU indica que esse número deverá aumentar em 2019.
O crescimento de todas as taxas cobradas pelos hotéis nos EUA está a aumentar drasticamente este ano, conforme observado no estudo da NYU. De 2014 a 2017, o número passou de 2,35 mil milhões de dólares para 2,7 mil milhões de dólares, uma média de menos de 4% de crescimento anual. Em 2018, a NYU projeta que os hotéis norte-americanos receberão 2,93 mil milhões de dólares em taxas, um aumento de 8,5% em relação ao ano passado.
As empresas que fazem outsourcing das suas negociações de hotéis podem manter-se à frente desta tendência e minimizar o impacto financeiro destas taxas. “Na atual temporada de sourcing de hotéis, percebemos que políticas de taxas de cancelamento e condições de cancelamento flexíveis são essenciais para os gestores e compradores de viagens. Políticas de cancelamento mais rigorosas estão a custar até 4% a mais aos programas de hotéis, tornando as condições flexíveis ainda mais relevantes”, disse Marco D’Ilario, vice-presidente de Soluções de Sourcing da HRS, provedor líder de serviços de outsourcing de hotéis. “No ano passado, a HRS manteve disponível o cancelamento no mesmo dia em 95% dos acordos fechados com as empresas. Ao impulsionar o volume e envolvendo todo o mercado – incluindo cadeias globais, grupos regionais e propriedades individuais – ajudamos as empresas a reduzir a ocorrência dessas taxas”.
