Em outubro de 2025, o setor do alojamento turístico registou 3,1 milhões de hóspedes e 7,7 milhões de dormidas, o que corresponde a aumentos de 3,8% e 2,4%, respetivamente (em setembro +0,9% e +0,6%, pela mesma ordem), referem os dados do INE divulgados hoje. As dormidas de residentes totalizaram 2,0 milhões, refletindo um crescimento de 6,4% (+4,9% em setembro). Com 5,8 milhões de dormidas, os mercados externos registaram um aumento de 1,1% após a redução observada em setembro (-1,1%).
Canadá registou o maior crescimento de outubro
Em outubro, os 10 principais mercados emissores representaram 73,9% do total de dormidas de não residentes. O mercado britânico manteve a liderança, com 19,0% do total, embora tenha registado um decréscimo de 3,3% face ao mês homólogo (-5,9% em setembro).
O mercado alemão, segundo principal mercado emissor em outubro (12,7% do total), apresentou um crescimento de 1,2%, após +3,6% em setembro. Seguiu-se o mercado norte-americano, que ocupou a 3ª posição, com uma quota de 10,5%, e um aumento de 1,9% (+0,1% em setembro).
Entre os 10 principais mercados emissores em outubro, destacaram-se ainda os decréscimos dos mercados francês (-6,8%) e dos Países Baixos (-6,0%).
Alentejo mantém crescimento expressivo em outubro
Em outubro, os maiores aumentos no número das dormidas registaram-se no Alentejo (+10,8%) e na RA Madeira (+6,1%). Em sentido contrário, a RA Açores, o Algarve e o Centro apresentaram decréscimos de 1,5%, 0,7% e 0,1%, respetivamente. As regiões com maior número de dormidas foram o Algarve (26,7% do total) e a Grande Lisboa (24,6%).
As dormidas de residentes aumentaram em todas as regiões, exceto na RA Açores (-6,2%) e no Centro (-0,1%). O crescimento mais expressivo foi registado na RA Madeira (+19,5%), destacando-se igualmente o Algarve (+11,6%) e o Alentejo (+9,8%).
Relativamente às dormidas de não residentes, observaram-se variações maioritariamente positivas, registando-se decréscimos apenas no Oeste e Vale do Tejo (-3,1%), no Algarve (-2,5%) e no Centro (-0,1%). Os maiores crescimentos ocorreram nas regiões do Alentejo (+12,1%) e do Norte (+4,5%).
Estada média diminuiu
Em outubro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico fixou-se em 2,51 noites, traduzindo uma diminuição de 1,3% (-0,3% em setembro). Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na RA Madeira (4,49 noites) e no Algarve (3,94 noites). Nestas duas regiões e na RA Açores (3,01 noites), a estada média ficou acima da média nacional. As estadias mais curtas ocorreram no Centro (1,64 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,75 noites).
A estada média dos residentes aumentou para 1,86 noites (+1,6%), enquanto a dos não residentes diminuiu para 2,84 noites (-2,1%).
A RA Madeira registou as estadas médias mais prolongadas, com 4,87 noites para os não residentes e 3,28 noites para os residentes.
Taxas líquidas de ocupação-cama e quarto decresceram pelo 3º mês consecutivo
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (50,9%) diminuiu 0,3 p.p. em outubro (após -1,2 p.p. em setembro) e a taxa líquida de ocupação-quarto (63,2%) decresceu 0,4 p.p. (-0,6 p.p. em setembro).
A RA Madeira e o Alentejo foram as únicas regiões a registar um acréscimo na taxa líquida de ocupação-cama em outubro (+2,0 p.p. e +1,9 p.p., respetivamente). Os maiores decréscimos observaram-se na RA Açores (-3,2 p.p.) e na Península de Setúbal (-1,8 p.p.). A RA Madeira e a Grande Lisboa apresentaram as taxas de ocupação-cama mais elevadas (71,4% e 63,1%, respetivamente), enquanto os valores mais baixos foram registados no Centro (31,7%) e no Alentejo (35,2%).
Aceleração das dormidas contribuiu para aceleração dos proveitos
Os proveitos totais atingiram 691,2 milhões de euros e os de aposento ascenderam a 521,5 milhões de euros em outubro, refletindo crescimentos de 7,3% e 6,1%, respetivamente (+5,7% e +5,6% em setembro, pela mesma ordem).
A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (31,8% dos proveitos totais e 34,4% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (23,4% e 21,4%, respetivamente) e do Norte (17,4% e 17,8%, pela mesma ordem).
Os acréscimos mais expressivos de proveitos ocorreram no Alentejo (+21,7% nos proveitos totais e +18,6% nos de aposento) e na RA Madeira (+16,3% e +19,6%, pela mesma ordem). A Grande Lisboa apresentou os crescimentos mais modestos (+0,6% nos proveitos totais e +0,1% nos relativos a aposento
RevPar e ADR registaram crescimentos
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 77,5 euros em outubro, refletindo um aumento de 2,9% (igual em setembro). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 122,6 euros (+3,5%, após +3,7% em setembro).
O valor de RevPAR mais elevado foi observado na Grande Lisboa (131,9 euros), seguindo-se a RA Madeira (102,0 euros), onde se registou o maior crescimento (+16,5%). No Alentejo, ocorreu o segundo maior crescimento deste indicador (+14,7%), enquanto a Grande Lisboa e a RA Açores foram as únicas regiões com decréscimos (-4,0% e -0,7%, respetivamente).
Os valores mais elevados de ADR registaram-se na Grande Lisboa (164,6 euros) e na RA Madeira (124,3 euros), tendo esta última apresentado também neste indicador o maior crescimento (+14,0%). A Grande Lisboa registou o único decréscimo neste mês (-3,2%).
Portimão e Lagoa registaram crescimentos acima de 50% nas dormidas de residentes
O município de Lisboa concentrou 20,1% do total de dormidas em outubro, atingindo 1,6 milhões (+4,3%). As dormidas de residentes aumentaram 10,9% e as de não residentes cresceram 3,4%. Este município concentrou 23,2% do total de dormidas de não residentes em outubro.
Albufeira foi o segundo município com maior número de dormidas (777,2 mil dormidas, peso de 10,0%), embora com um decréscimo de 2,9%. As dormidas de residentes registaram um decréscimo de 5,0% e as de não residentes diminuíram 2,7%. Este município concentrou 12,0% do total de dormidas de não residentes em outubro.
No Porto, as dormidas totalizaram 656,3 mil (8,5% do total), refletindo um aumento de 5,2%, em resultado dos crescimentos das dormidas de residentes (+8,5%) e de não residentes (+4,7%).
Entre os 10 principais municípios, assinala-se ainda a evolução das dormidas em Portimão (3,7% do total) e em Lagoa (2,3% do total), com decréscimos de, respetivamente, 1,2% e 5,1% na globalidade das dormidas. No entanto, importa referir que as dormidas dos residentes nestes dois municípios registaram crescimentos expressivos(+51,9% e +50,5%, pela mesma ordem), amortecendo o efeito do decréscimo das dormidas de não residentes (-8,9% e -9,7%, respetivamente). De assinalar também a trajetória de crescimento do município de Lagos (2,5% do total), +9,5% (+22,1% nos residentes e +8,6% nos não residentes).






















































