O setor do alojamento turístico registou 1,4 milhões de hóspedes e 3,4 milhões de dormidas em junho de 2021, o que compara com 476,7 mil hóspedes e 1,0 milhões de dormidas em junho de 2020. Os dados, revelados, esta sexta-feira, pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) revelam que os níveis atingidos em junho de 2021 foram, no entanto, inferiores aos observados em junho de 2019 (-50,1% e -52,6%, respetivamente). Comparando ainda com junho de 2019, observaram-se decréscimos de 7,6% nas dormidas de residentes e de 72,0% nas dormidas de não residentes, indica o INE.
Os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 212,7 milhões de euros no total e 158,2 milhões de euros relativamente a aposento. Comparando com junho de 2019, os proveitos totais diminuíram 54,4% e os relativos a aposento decresceram 55,4%. O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 31,8 euros em junho (20,5 euros em maio). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 87,4 euros em junho (76,7 euros em maio). Em junho de 2019, o RevPAR e o ADR foram 62,1 euros e 97,6 euros, respetivamente.
No primeiro semestre do ano, verificou-se uma diminuição de 21,3% das dormidas totais, resultante de variações de +23,7% nos residentes e de -50,8% nos não residentes. Note-se que estas variações são influenciadas pelo facto de nos dois primeiros meses de 2020 não se ter ainda feito sentir o impacto da pandemia. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas registaram uma diminuição de 73,4% (-42,3% nos residentes e -85,9% nos não residentes). Neste período, os proveitos registaram variações de -13,4% no total e -11,3% relativos a aposento (-74,2% e -74,1%, face ao primeiro semestre de 2019). Em junho, 25,3% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (37,2% em maio).
Entre janeiro e junho de 2021, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 3,9 milhões de hóspedes e 9,4 milhões de dormidas, correspondendo a variações de -15,6% e -19,1%, respetivamente, face ao mesmo período de 2020.
Este destaque inclui uma caixa com a análise da evolução do indicador proveito médio por dormida no primeiro semestre de 2021. Neste período, o proveito médio por dormida atingiu 41,9 euros, o que se traduziu num crescimento de 12,6% face ao mesmo período de 2020 (-2,7% quando comparado com o primeiro semestre de 2019).
Dormidas aumentaram na RA Açores e Alentejo no primeiro semestre
Segundo o INE, o Algarve concentrou 34,1% das dormidas em junho, seguindo-se a AM Lisboa (16,8%), o Norte (15,8%) e o Centro (12,6%).
No primeiro semestre do ano, registaram-se crescimentos no número de dormidas na RA Açores (+28,2%) e no Alentejo (+15,4%), enquanto as restantes regiões apresentaram diminuições.
No conjunto dos primeiros seis meses do ano, indicam os dados do INE, em termos de dormidas de residentes, registaram-se aumentos em todas as regiões, com realce para as evoluções na RA Madeira (+99,8%), RA Açores (+66,3%) e Algarve (+52,6%).
Neste período, todas as regiões apresentaram decréscimos no número de dormidas de não residentes, com a menor redução a registar-se no Alentejo (-15,9%), enquanto as restantes regiões apresentaram diminuições superiores a 30%.
Funchal com diminuição de 50,8% nas dormidas no primeiro semestre
No primeiro semestre de 2021, segundo os dados do INE, Lisboa registou 946,8 mil dormidas (11,6% do total), que se traduziram numa diminuição de 57,5%. Neste período, as dormidas de residentes recuaram 12,1% e as de não residentes (peso de 56,8%) diminuíram 69,5%. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas em Lisboa registaram uma diminuição de 85,6% (-61,9% nos residentes e -90,3% nos não residentes).
Já as dormidas no município de Albufeira (8,2% do total) diminuíram 22,1% entre janeiro e junho (+56,1% nos residentes e -49,0% nos não residentes).
Por seu turno, mo Funchal (6,0% do total) as dormidas diminuíram 50,8% no conjunto dos primeiros seis meses do ano (+78,5% nos residentes e -65,1% nos não residentes), segundo o INE.
Taxa líquida de ocupação aumentou
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (30,4%) aumentou 15,8 p.p. em junho (+12,4 p.p. em maio). Em junho de 2019, a taxa líquida de ocupação-cama tinha sido 55,2%.
Em junho, as taxas de ocupação mais elevadas registaram-se na RA Madeira (39,9%), Algarve (35,3%), RA Açores (34,8%) e Alentejo (34,0%). Os maiores crescimentos neste indicador registaram-se na RA Açores (+29,0 p.p.), RA Madeira (+27,7 p.p.) e Alentejo (+20,4 p.p.).
Proveitos totais com crescimento na RA Açores, Alentejo e Algarve no primeiro semestre
Em junho, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 212,7 milhões de euros no total e 158,2 milhões de euros relativamente a aposento. Comparando com junho de 2019, os proveitos totais diminuíram 54,4% e os relativos a aposento decresceram 55,4%.
No primeiro semestre do ano, os proveitos registaram diminuições de 13,4% no total e 11,3% relativos a aposento. Comparando com o primeiro semestre de 2019, os proveitos totais diminuíram 74,2% e os relativos a aposento recuaram 74,1%.
O Algarve concentrou 37,4% dos proveitos totais e 37,9% dos relativos a aposento em junho, seguindo-se a AM Lisboa (17,3% e 17,4%, pela mesma ordem) e o Norte (14,5% e 14,4%, respetivamente).
Entre janeiro e junho de 2021, a evolução dos proveitos foi positiva nos estabelecimentos de turismo no espaço rural e de habitação.
Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento diminuíram 17,6% e 15,9%, respetivamente (peso de 83,9% e 81,8% no total do alojamento turístico, pela mesma ordem).
Considerando as mesmas variáveis, os estabelecimentos de alojamento local (quotas de 9,4% e 11,2%) apresentaram evoluções de -2,8% e -1,3%, enquanto no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 6,8% e 7,1%) se observaram crescimentos de 67,2% e 64,4%.
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 31,8 euros em junho. Em junho de 2019, o RevPAR tinha sido 62,1 euros.
Os valores de RevPAR mais elevados foram registados no Algarve (45,1 euros), Alentejo (42,2 euros), RA Madeira (31,5 euros) e RA Açores (30,9 euros).
No primeiro semestre de 2021, a variação do RevPAR situou-se em -16,0%. Neste período, este indicador registou evoluções de -17,9% na hotelaria, -14,0% no alojamento local e +31,5% no turismo no espaço rural e de habitação.
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 87,4 euros em junho. Em junho de 2019, o ADR tinha sido 97,6 euros.






















































