No 1º trimestre de 2025, as viagens dos residentes em Portugal mantiveram a trajetória de crescimento do último semestre de 2024, registando um aumento de 16,0% (+3,1% no 4ºT 2024) e totalizando 5,2 milhões, em resultado do acréscimo nas deslocações em território nacional (+15,6%; +2,5% no 4ºT 2024) e para o estrangeiro (+18,5%; +7,0% no 4ºT de 2024), referem os dados divulgados agora pelo INE.
O número de viagens aumentou em todos os meses do trimestre: +36,0% em janeiro, +15,9% em fevereiro e +0,7% em março.
No 1º trimestre de 2025, 86,3% das deslocações dos residentes ocorreram em território nacional (86,2% no trimestre anterior), totalizando 4,5 milhões de viagens, enquanto as restantes 710,5 mil tiveram como destino o estrangeiro (13,7% do total; 13,8% no trimestre anterior).
A “visita a familiares ou amigos”, tal como no período homólogo, foi a principal motivação para viajar no 1º trimestre de 2025, originando 2,1 milhões de viagens (+0,5%), que representaram 40,9% do total (-6,3 p.p. face ao 1ºT 2024). As deslocações para “lazer, recreio ou férias” também registaram um acréscimo, +25,4%, atingindo 2,1 milhões de viagens (40,8% do total, +3,1 p.p. face ao 1ºT 2024). Por sua vez, as viagens por motivos “profissionais ou de negócios” aumentaram 48,0%, totalizando 647,4 mil deslocações (12,5% do total; +2,7 p.p. face ao 1ºT de 2024).
“Lazer, recreio ou férias” motivou mais de metade das viagens ao estrangeiro
No 1º trimestre de 2025, a “visita a familiares e amigos” foi a principal motivação dos residentes para viajar em território nacional, dando origem a 44,4% das deslocações nacionais (2,0 milhões de viagens), enquanto nas deslocações ao estrangeiro foi o “lazer, recreio ou férias” que motivou a maioria das viagens (59,1% do total, 420,1 mil viagens). O segundo principal motivo das deslocações nacionais foi o “lazer, recreio ou férias” (37,9% do total; 1,7 milhões de viagens). Nas deslocações ao estrangeiro, a segunda principal razão para as mesmas teve motivações “profissionais ou de negócios”, tendo estado na origem
de 19,6% do total (139,6 mil viagens).
Marcação prévia de serviços continua a reforçar expressão nas viagens dos residentes, em ambos os destinos
A marcação prévia de serviços foi utilizada em 36,9% das viagens dos residentes realizadas no 1º trimestre de 2025 (+2,0 p.p.), sendo dominante nas deslocações com destino ao estrangeiro (94,4%; +0,5 p.p.), ao contrário das viagens nacionais, em que foi utilizada apenas em 27,8% (+2,0 p.p.).
No processo de organização das viagens, o recurso à internet foi utilizado em 27,1% das deslocações (+1,8 p.p.), tendo maior representatividade na organização de viagens ao estrangeiro (76,2% do total, +4,1 p.p.) do que nas viagens território nacional, em que a utilização deste recurso representou 19,4% do total (+1,3 p.p.)
“Alojamento particular gratuito” continuou a ser a principal opção nas viagens para “visita a familiares ou amigos” e “lazer, recreio ou férias”
No 1º trimestre de 2025, mantiveram-se as principais opções de alojamento nas viagens dos residentes, com o “alojamento particular gratuito” a representar 64,7% do total, tendo acolhido 9,2 milhões de dormidas nas viagens dos residentes. Este tipo de alojamento teve maior prevalência nas viagens motivadas pelo “lazer, recreio ou férias” (44,9% do total) e nas deslocações em “visita a familiares ou amigos” (94,8%). Os “hotéis e similares” foram a segunda principal opção de alojamento, concentrando 26,5% das dormidas (3,8 milhões), sendo a principal opção nas dormidas em viagens por “motivos profissionais ou de negócios” (43,5%).
Duração média das viagens abaixo dos níveis do trimestre homólogo de 2024
No 1º trimestre de 2025, cada viagem teve uma duração média de 2,75 noites (2,84 no 1ºT 2024). A duração média mais longa foi registada em fevereiro (2,82 noites; 2,74 em fevereiro de 2024) e a mais baixa em janeiro (2,67 noites; 2,55 em janeiro de 2024).
Proporção de turistas cresceu face ao 1º trimestre de 2024
No 1º trimestre de 2025, 20,4% dos residentes fizeram pelo menos uma deslocação turística, +0,9 p.p. face ao mesmo período do ano anterior. Numa análise mensal, e em termos homólogos, a proporção de residentes que realizou pelo menos uma viagem diminuiu em março (-1,3 p.p.), mas aumentou em janeiro e fevereiro (+2,5 p.p. e +0,9 p.p., respetivamente).





















































