Lufthansa: “Sofremos muito para conseguir slots” para Portugal

“Vai ser um grande desafio, espero que haja uma solução para a zona de influência de Lisboa mas como companhia aérea, como responsável de Vendas, claro que quero acrescentar mais capacidade.” Patrick Hadley, general manager Sales of Portugal da Lufhtansa, na recente Convenção da Airmet, que decorreu na Figueira da Foz, deu alguns números da dimensão de Portugal para a transportadora aérea, do trabalho que tem desenvolvido ao longo do tempo que está com o mercado português (desde de novembro de 2016), as metas que tem traçadas e o que a Lufthansa pretende no futuro.

“Quando olho para Portugal e vejo a Lufthansa a voar a partir dos quatro aeroportos (Porto, Lisboa, Faro e Funchal) diria que o nosso voo para o Funchal e Faro é na maioria incoming para o Grupo Lufthansa, enquanto Lisboa e Porto têm um papel diferente”, refere Patrick Hedley. O responsável recorda que a transportadora, em 2016, transportou 1,6 milhões de passageiros e, em 2017, mais de dois milhões, tendo atingido o marco dos dois milhões em outubro do ano passado. “A nossa taxa de ocupação em 2016 foi de 85%, chegar aos 100% é muito difícil, mas é a meta”, indica o Patrick Hedley.

“Em 2017 uma das minhas estratégias foi desenvolver um pouco a nossa oferta no mercado. Vi algumas oportunidades, também pela experiência que tive noutros mercados, e conseguimos injetar mais capacidade e também mais frequências naquela que chamamos de época intermédia.” O responsável abordou então o trabalho que tem norteado a sua atuação em Portugal, continuando: “Em novembro estava um sol lindo em Lisboa e as pessoas ainda queriam viajar por isso conseguimos e continuámos no inverno e começámos o nosso horário de verão em fevereiro, um pouco mais cedo. Colocámos muito mais voos, tivemos um aumento de 25% na capacidade em 2017”.

Para 2018 a Lufthansa conta com aumentos de capacidade. “Acabámos de colocar no sistema um voo novo desde Lisboa e assistimos a grandes crescimentos nas rotas do Porto (Porto-Munique, Porto-Lisboa) e em Lisboa, para o verão, temos o quarto voo para Frankfurt”, indica Patric Hedley. O orador reconhece que “não foi fácil porque Lisboa está cheia, sofremos muito para conseguirmos slots, é compreensível, há coisas boas e más, depende da perspetiva. Para Portugal, como país, é fantástico que Portugal como um todo esteja a ser alvo desta procura”.

Quanto ao futuro o responsável é peremptório: “Vai ser um grande desafio, espero que haja uma solução para a zona de influência de Lisboa mas como companhia aérea, como responsável de Vendas, claro que quero acrescentar mais capacidade portanto se não há slots e eu já estou a operar com um A321, não posso crescer mais. De certeza que não verei um A350 ou um A340 ou A330 a vir para Lisboa pelo Grupo Lufthansa. Duvido muito…”

A estratégia em Portugal tem passado por um foto em diversas áreas, sendo que a Lufthansa já voa para Portugal há 62 anos, sendo que para o Porto há cerca de 33. “Acredito fortemente que vamos aqui continuar por muito mais tempo. Portugal é um dos principais mercados para o Grupo Lufthansa, na região EMEA – Portugal está no TOP20. E estamos a mostrá-lo com o investimento que aqui fazemos e estamos a ver um retorno desse investimento”, indica o orador.

Quanto a expectativas: “2018 começou muito bem, os números são bons, anunciámos recentemente um ano recorde para o Grupo Lufthansa e apenas posso agradecer-vos a todos por fazerem do nosso 2017 um ano de sucesso também. E tenho a certeza que 2018 irá na mesma direção.”

*Este é um artigo que faz parte de um conjunto que a Ambitur publicou ao longo desta semana sobre a Mesa Redonda “Os novos desafios da distribuição turística” que juntou Francisco Teixeira –Country Manager at Royal Caribbean; Fernando Bandrés – Soltrópico TO General Manager; Miguel Quintas – CEO at Consolidador.com; Gavin Eccles – CCO at SATA; e Patrick Hedley – Country Manager at Lufthansa Group. A Ambitur juntou-se a este painel como moderador.

Ver mais: “Queremos ajudar-vos como Grupo Lufthansa na transição para o próximo nível”

Ver mais: “Quem detém o produto necessita de mais canais na distribuição e olhar para o yield

Ver mais: “O NDC representa um impacto de 40/50% nas vendas das agências viagens nacionais

Ver mais: “Efetivamente este é o tema quente da atualidade da distribuição

Ver mais: “Como é que as agências de viagens podem ajudar a SATA a crescer mais?