De acordo com os primeiros dados da Direção Regional de Estatística da Madeira, relativos ao mês de julho de 2021, as dormidas no alojamento turístico apresentaram o valor mais elevado desde novembro de 2019. Terão dado entrada nos estabelecimentos regionais 119,3 mil hóspedes, que originaram 606,2 mil dormidas, o que corresponde a variações homólogas muito expressivas de +314,9% e de +419,3%, respetivamente. Realça-se o facto de, em julho de 2020, com as restrições inerentes à pandemia COVID-19, a atividade turística registar apenas 28,7 mil hóspedes entrados e cerca de 116,7 mil dormidas.
Eduardo Jesus, secretário Regional de Turismo e Cultura da Madeira, frisa que “o mês de julho confirma a tendência da recuperação que já estávamos a sentir há algum tempo e reafirma claramente a capacidade que a região teve de recuperar muito rapidamente da situação em que foi colocada por força da pandemia”. E sublinha acreditar que “o mês de agosto também terá essa mesma trajetória. E tudo isto é resultado do trabalho que tem vindo a ser feito não só de aproveitamento de todas as oportunidades que têm surgido”, dando o exemplo da “conquista de mercados que nós não trabalhávamos habitualmente” que permitiram “uma diversificação mais a leste da Europa do que era o habitual”. Mercados esses que já respondem hoje por cerca de 8% dos turistas que estão na Madeira, estando o mercado alemão a reanimar na casa dos 11/12%, o inglês nos 21 e o português nos 51%. “Temos aqui alterações que são significativas relativamente ao passado mas que expressam bem o esforço que foi feito no sentido da promoção, da captação do interesse e da preferência dos viajantes pela Madeira”, frisa Eduardo Jesus.
Contudo, se comparado julho de 2021 com julho de 2019, as quebras ainda são evidentes, com o número de hóspedes entrados a cair 11,5% e as dormidas, 26,9%. De sublinhar, porém, que o número de dormidas de julho de 2021 é o mais elevado desde novembro de 2019.
De janeiro a julho de 2021, o setor do alojamento turístico na RAM registou 1,6 milhões de dormidas, -1,1% do que em igual período de 2020.
Para efeitos de comparabilidade com os dados divulgados pelo INE, é necessário excluir o alojamento local com menos de 10 camas, sendo que segundo esta lógica de apuramento de resultados, as dormidas do alojamento turístico, nos primeiros sete meses apresentam uma quebra de 7,4%, uma variação mais penalizadora que a verificada a nível nacional (-2,4%).
Na Região, as dormidas de residentes em Portugal terão aumentado 225,7% relativamente ao mês homólogo, atingindo as 188,1 mil e representando 31,0% do total, enquanto as de residentes no estrangeiro terão crescido 608,9% relativamente a julho de 2020, situando-se em 418,1 mil. Note-se que face a julho de 2019, a variação nas dormidas produzidas por residentes em Portugal foi de +58,9%, enquanto no caso dos residentes no estrangeiro fixou-se nos -41,2%. Os hóspedes entrados com residência no País terão sido 47,0 mil, e os residentes no estrangeiro 72,3 mil.
No país, em julho de 2021, o mercado interno (peso de 59,0%) contribuiu com 2,7 milhões de dormidas e os mercados externos com 1,9 milhões. Comparando com o mês de julho de 2019, observou-se um crescimento de 6,4% nas dormidas de residentes e um decréscimo de 67,6% nas de não residentes.
Na Região, os principais mercados emissores de não residentes registaram uma forte recuperação em termos de dormidas relativamente ao mês anterior (+85,6%). O mercado do Reino Unido foi o que registou mais dormidas, contabilizando no respetivo mês, 127,7 milhares, seguido da França com 47,0 milhares. Já o mercado alemão, contrariou essa tendência, com uma quebra de 32,4%, totalizando apenas 23,9 mil dormidas.
Em julho, 33,0% dos estabelecimentos de alojamento turístico terão estado encerrados ou não registaram movimento de hóspedes. A hotelaria contabilizou, no mês de referência, 79,1% dos estabelecimentos com movimento de hóspedes (72,3% em junho).
“Diria que o setor está de parabéns relativamente à capacidade que teve para recuperar tão rapidamente estes números e colocar o mês de julho já com uma grande referência para o setor e para a economia regional porque o contributo que é deixado por este setor para a economia da região autónoma é objetivo e incontornável”, remata Eduardo Jesus.






















































