A Ambitur.pt continua com esta rubrica dedicada à Rota Vicentina que tem como missão convidar os nossos leitores a embarcarem numa viagem pelo Sudoeste e a conhecerem de perto o que é possível ver e viver nesta região. E quem melhor do que os empresários locais para mostrarem o que a Rota Vicentina tem de melhor? Hoje falamos com Larissa Ohl, proprietária e gerente da Hike in Alentejo.
Quem é Larissa Ohl, a proprietária da Hike in Alentejo?
Eu chamo-me Larissa Ohl, sou uma pessoa com espírito jovem, que gosta de transmitir boas vibrações a quem me rodeia. Sou uma amante da Natureza, pois tenho a consciência de que Ela é a nossa maior riqueza.
Que tipo de atividade desenvolve?
Eu desenvolvo passeios pedestres informativos. Sendo bióloga marinha e crescida na zona do Alentejo litoral, tenho conhecimento tanto a nível das ciências naturais bem como da história e cultura da região. E é esse conhecimento que partilho com os meus clientes durante uma caminhada num dos trilhos da Rota Vicentina e/ou visita a um local de interesse histórico.
Ofereço passeios personalizados, adaptados ao interesse do cliente. Tanto pode ser um passeio à descoberta da biodiversidade nas poças de maré, como um passeio à descoberta das plantas medicinais, bem como uma caminhada guiada que engloba de tudo um pouco.
Com a parceria de uma empresa de barco, nomeadamente a Bture, surgiu recentemente uma atividade em que exploramos a história e natureza ao longo do Rio Mira, a bordo de um barco.
Como Contribui a Rota Vicentina para o desenvolvimento turístico da região?
A Rota Vicentina traz os turistas (na maioria caminhantes) fora da época alta. Antes do aparecimento da Rota Vicentina poucos ou nenhuns turistas visitavam a região durante o outono e Primavera. Desde a sua fundação aumentou o número de turistas que visitam a região nesta época contribuindo para a economia local.
Visto que os caminhantes se distribuem pelas diferentes localidades dentro da área que engloba os trilhos da Rota Vicentina, não chega a ser um turismo de massas, mas sim um turismo sustentável.
Também são os próprios turistas que na sua maioria têm uma consciência que fazem deste turismo um turismo sustentável. Eles procuram ofertas amigas do ambiente tanto a nível da estadia bem como prestação de serviços. Desta forma a Rota Vicentina contribui para um aumento do número de turistas na época baixa e para o desenvolvimento de um Turismo responsável e sustentável.
O que há de diferente na atividade de acolhimento/prestação de serviços aos turistas?
A diferença está no serviço em si. Enquanto uns oferecem uma estadia aos turistas que visitam a região os outros disponibilizam diferentes atividades para o turista experienciar durante a sua estadia. O objetivo é o mesmo, ter um cliente satisfeito com o serviço!
Enquanto que a entidade de acolhimento oferece conforto ao cliente durante a sua estadia a entidade prestadora de serviços oferece aventura, experiencias, ação.
Qual a experiência que pretendem proporcionar aos vossos clientes? Que serviços vos distinguem?
Quero proporcionar uma experiência única! É uma experiência personalizada tendo em consideração o interesse do cliente. Eu quero que o cliente sinta a essência deste local em cada passo que dá. Quero que vejam que o local que escolheram como destino de férias é especial, e que estas atividade lhes fiquem positivamente na memória e levem consigo conhecimento. O meu objetivo é proporcionar uma experiência a conhecer a terra que pisam, o valor da Natureza que a rodeia e da gente que a habita.
Os serviços que me distinguem é a combinação de tudo que referi anteriormente com a paixão e simpatia que partilho.
De que forma se relaciona a atividade/produto/serviço com a região?
A atividade dá a conhecer a região a nível social, cultural, histórico e ambiental. Durante as atividades conhecemos a plantas endémicas da região, a sua utilidade para a comunidade local, temos oportunidade de saborear produtos locais em estabelecimentos que se encontram pelo caminho, e conhecemos o estilo de vida da gente da terra.
É uma relação de dar e receber, em que recebo o cenário ideal para proporcionar as atividades e trago clientes qua apoiam economicamente a região.
A não esquecer o fator mais importante, de que as atividades sejam todas com um impacto ambiental mínimo e com o objetivo de que através de proporcionar a valorização da região criar uma sensibilização para a importância da sua proteção.
Da vossa oferta, se tivesse que eleger uma atividade/produto qual seria o que melhor reflete a identidade da região?
Seria um caminhada guiada pelo trilho dos pescadores, dentro do parque natural sudoeste alentejano e costa vicentina. Ao longo deste percurso, caminhamos ao longo de uma costa selvagem, bem preservada, onde encontramos diversas plantas endémicas, frutos comestíveis, sempre com olho no mar e as falésias extravagantes. Existe um percurso específico onde temos o privilégio de observar pegadas de elefante, bem como ver rasto do homem da pedra que já habitava nesta zona há muito tempo. Ao longo desta caminhada temos sempre a presença dos humanos “nativos”, os pescadores que gostam de mostrar o seu pescado. Temos uma fusão de natureza, arqueologia, geologia, história e cultura da região durante uma pequena caminhada num dos sítios mais paradisíacos do mundo.






















































