#Osmelhoreshotéisparasetrabalhar: AP Hotels & Resorts considera urgente “dignificar as profissões na hotelaria”

O tema dos Recursos Humanos nunca foi tão “quente” como nos dias de hoje. E a hotelaria é um dos segmentos do turismo que mais sente na pele a escassez de pessoal, sobretudo depois de dois anos em que uma pandemia veio alterar as ambições e possibilidades profissionais de muitos que poderiam depositar neste setor o seu talento. Ambitur falou com oito das principais cadeias hoteleiras em Portugal e com quatro prestigiadas unidades independentes, e quis saber de que forma estão a lidar com as dificuldades de captar e reter talento. Um trabalho que poderá ler, na íntegra, na edição 339 (maio/junho). Hoje partilhamos consigo o que está a AP Hotels & Resorts a fazer para se impor num mercado competitivo e para que os seus hotéis sejas reconhecidos como os melhores para se trabalhar em Portugal.

Ação de Team Building.

Com seis unidades no Algarve, a AP Hotels & Resorts conta atualmente com 585 colaboradores mas o diretor de Recursos Humanos do grupo, Rui Nunes, assume que ainda têm de recrutar cerca de 91 pessoas. Embora face a 2021 tenha havido um acréscimo de pessoal, o que é normal, a verdade é que “estamos abaixo 5,4% relativamente a 2019 do quadro de pessoal”. A previsão mais otimista aponta para que se consigam colmatar as necessidades ainda por preencher e superar mesmo o número de colaboradores relativamente a anos anteriores, “sabendo de antemão que teremos algum absentismo e, portanto, tentando evitar ao máximo o excesso de carga dos nossos colaboradores”, esclarece.

Nesta cadeia hoteleira, são as vagas operacionais aquelas que maior dificuldade têm em ser preenchidas, nomeadamente a nível da cozinha, restaurante, limpeza e também receção e manutenção. Rui Nunes aponta a falta de transportes públicos adaptados aos horários de trabalho e o défice de alojamento ou os preços “exorbitantes” pedidos, como fatores desmotivadores ou inibidores de mobilidade geográfica.

Na AP Hotels & Resorts, a aposta passa pela melhoria das condições de trabalho com espaços destinados ao convívio dos colaboradores, constantes ajustes remuneratórios, inovação no fardamento, melhoria da alimentação, ou horários e dias de descanso contínuos, entre outros benefícios. O diretor de Recursos Humanos acrescenta que também houve um investimento num plano de formação profissional contínuo e a definição de métricas no sentido de medir a produtividade dos colaboradores para “incentivar o acompanhamento dos objetivos e, consequentemente, a atribuição de reconhecimento e recompensas ajustadas aos objetivos atingidos”. Além disso, diz Rui Nunes, a cadeia opta por uma comunicação transparente e próxima com os colaboradores, quer através de newsletters com informações de oportunidades de emprego, formação e atividades extralaborais, quer através do diálogo e receção de sugestões dos colaboradores.

Chef Jorge Sancho, AP Cabanas Beach and Nature.

52 mil euros para um volume de formação de 10.130 horas, é quanto a AP Hotels & Resorts investe por ano, em média. Isto porque, diz Rui Nunes, “a formação é uma das nossas prioridades“, não só porque cada vez mais “temos captado colaboradores de outras áreas profissionais e, portanto, carecem de formação na indústria da hotelaria, como também é necessário manter as competências dos nossos colaboradores atualizados face às constantes alterações do mercado, nomeadamente nas soft skills”. E dá alguns exemplos. Recentemente todas as lideranças participaram numa ação de Team Building sobre temáticas relacionadas com comunicação, trabalho de equipa, liderança, coaching e resolução de desafios. Em fevereiro, os chefes e subchefes de restaurante e bar das unidades do grupo visitaram A Quinta São Sebastião e a Quinta Valmoreira para ganharem competências técnicas sobre os respetivos vinhos.

O diretor de Recursos Humanos garante que as relações com estabelecimentos de ensino em todo o país são uma realidade, desde escolas básicas, profissionais, superiores ou mesmo associações e o IEFP. E, neste momento, está a estabelecer colaborações com estabelecimentos de ensino transfronteiriços para colmatar as necessidades em atrair e reter colaboradores. Mas o responsável admite que as próprias instituições enfrentam, no atual contexto, diversos desafios, nomeadamente em atrair pessoas para formação profissional no setor da hotelaria. Considera pois urgente “dignificar as profissões na hotelaria, demonstrar que também existem bons exemplos e práticas nesta indústria, que é uma indústria de pessoas para pessoas, que na maioria dos casos só existe excesso de carga em determinados picos originados pela taxa de absentismo provocada pelos próprios colegas de trabalho e/ou pela falta de formação e consequente produtividade, e portanto é necessário continuar a apostar na formação, nas condições de trabalho, no trabalho em equipa e entreajuda de todos os colaboradores”.

Quanto a tendências para o futuro, Rui Nunes antevê a necessidade de recorrer, cada vez mais, à mobilidade de pessoas oriundas de outros países que necessitam de trabalhar para melhorar as suas condições de vida. “Somos um país de boa gastronomia, clima, seguro e portanto muito apelativo para fixar famílias de outros países onde existem maiores dificuldades de subsistência”, detalha. Por outro lado, admite que haverá ainda uma tendência para redefinir as categorias profissionais, por forma a enaltecer a hotelaria e, consequentemente, melhorar o tipo de turismo em Portugal, cada vez mais seletivo, para proporcionar melhores experiências.

O que oferece a AP Hotels & Resorts

  • Apoio financeiro em formação superior
  • Voucher de aniversário
  • Prémios por objetivos
  • Cartão em compras nas lojas Sonae
  • Programas de Estágios remunerados
  • Descontos no alojamento, restaurantes e bares dos hotéis
  • Apoio à natalidade
  • Oportunidades de progressão na carreira
  • Formação profissional

⇒ Leia também…

#Osmelhoreshotéisparasetrabalhar: Belmond promove “local de trabalho inclusivo, diversificado e colaborativo”