O mais recente Global Business Travel Survey da SAP Concur, que acaba de ser divulgado, inquiriu viajantes empresariais, gestores de viagens e CFOs sobre os pontos de atrito em torno das viagens de negócios, começando pela necessidade destas viagens.
A esmagadora maioria (94% globalmente; 100% em Portugal) dos viajantes empresariais acredita que viajar é útil, se não mesmo essencial, para o sucesso das suas funções. No entanto, 43% dos CFOs afirma que mais de metade das viagens de negócios da sua empresa poderiam ser substituídas por teleconferências ou outras comunicações remotas. Por seu turno, um terço (33%) dos gestores de viagens receia que a opção por reuniões virtuais seja uma ameaça direta às viagens de negócios da sua empresa.
Ao nível da disponibilidade dos colaboradores para viajar, uma larga maioria (70%) dos business travellers (78% em Portugal) está bastante disposta a viajar nos próximos 12 meses. Não obstante, quase metade (45%) dos CFOs acredita que existe relutância por parte dos funcionários em viajar e que isso pode afetar negativamente a empresa durante o próximo ano. Por seu turno, 35% dos gestores de viagens acredita que a falta de vontade dos funcionários pode ser uma ameaça às viagens de negócios.
Em relação a alterações nos orçamentos de viagem, cada função tem uma visão diferente sobre como os orçamentos de viagem estão a evoluir. Quase metade (48%) dos viajantes empresariais (47% em Portugal) pensa que os orçamentos de viagens das suas empresas vão estagnar ou diminuir este ano. No entanto, apenas 24% dos CFOs e 22% dos gestores de viagens referem que os orçamentos serão mantidos ou cortados, sugerindo uma desconexão entre as perceções dos funcionários e as perspetivas financeiras da administração.
Há ainda uma falha de perceção sobre quem influencia mais a tomada de decisões sobre viagens de negócios. Globalmente, os viajantes empresariais acreditam que os gestores de viagens (37%) e os CFOs (36%) exercem uma influência idêntica e significativamente superior à sua própria (28%) – em relação a Portugal, estes números são ligeiramente diferentes (28%, 52% e 20%), o que pode indicar a perceção de que, no nosso país, a tomada de decisão é maioritariamente influenciada pelos CFOs.
No entanto, os gestores de viagens estão amplamente alinhados, e 43% deles acredita que, neste âmbito, possui quase a mesma influência que os CFOs (41%), em comparação com apenas 16% relativamente aos próprios viajantes empresariais. Os CFOs discordam frontalmente desta visão, com 69% dos diretores financeiros a crer que eles são os decisores mais influentes, à frente dos gestores de viagens (21%) e dos próprios viajantes (9%).
E embora considerem as viagens críticas para as suas funções, dois terços (66% a nível global; 61% em Portugal) dos viajantes empresariais afirma que algumas viagens importantes foram restringidas por questões de custos. No mesmo alinhamento, 69% dos gestores de viagens acredita que o orçamento de viagens da sua empresa não reflete a importância que estas têm para o sucesso da sua organização. E, embora os CFOs reconheçam este problema, há dissidência nas fileiras: 51% dos diretores financeiros concorda moderadamente que as limitações orçamentais impedem os funcionários de viajar tanto quanto precisariam para realizar bem o seu trabalho; ao passo que somente 29% concorda totalmente com esta afirmação.
De acordo com João Carvalho, da SAP Concur, “estes resultados destacam os pontos de discórdia entre viajantes, gestores de viagens e CFOs, pela primeira vez no nosso Global Business Travel Survey. De modo a capacitar os colaboradores para o desenvolvimento profissional e para que possam criar novas oportunidades em viagens de negócios, é vital que todas as funções na organização estejam alinhadas tendo em vista objetivos comuns”.






















































