A TAP anunciou hoje um resultado líquido positivo de 126 milhões de euros no terceiro trimestre deste ano e obteve um lucro de 55,2 milhões no acumulado dos primeiros nove meses de 2025.
Até setembro (9M25), a TAP transportou um total de 12,7 milhões de passageiros, o que representa um aumento de 2,9% face ao mesmo período de 2024 (9M24). O número de voos operados registou um ligeiro crescimento homólogo de 0,7%, praticamente em linha com o período anterior.
A capacidade aumentou 3% face aos 9M24, enquanto os RPK cresceram 4,6%, resultando numa melhoria de 1,3 p.p. no Load Factor, que atingiu 84,2% nos 9M25.
Nos 9M25, as receitas operacionais totalizaram EUR 3 281,3 milhões, aumentando EUR 15,4 milhões (+0,5%) face aos 9M24. O PRASK fixou-se em EUR 7,07 cêntimos, uma redução de 3,0% (-EUR 0,22 cêntimos) face ao período homólogo.
Os custos operacionais recorrentes aumentaram 4,3%, atingindo EUR 3 054,0 milhões nos primeiros nove meses de 2025. O CASK dos custos operacionais recorrentes aumentou 1,3%, para EUR 7,33 cêntimos, comparando com os 9M24.
O EBITDA recorrente totalizou EUR 592,0 milhões nos 9M25, com uma margem de 18,0%, reduzindo EUR 73,5 milhões (-11,0%) face ao período homólogo. O EBIT recorrente atingiu EUR 227,2 milhões, com uma margem de 6,9%, uma diminuição de EUR 110,5 milhões (-32,7%) face aos 9M24.
Em 2025, a TAP teve um dos verões mais movimentados, com aumento da capacidade (+4%), mais passageiros transportados (+4%) e mais voos operados (+1%) face ao verão de 2024. Ainda assim, foi também um dos mais desafiantes, com várias disrupções operacionais, nomeadamente constrangimentos no controlo de fronteiras nos aeroportos nacionais e no espaço aéreo europeu, impactando a performance operacional e a satisfação dos clientes.
A 30 de setembro de 2025, a TAP apresentava uma posição de liquidez robusta de EUR 1 025,6 milhões, um aumento de EUR 373,9 milhões face a 31 de dezembro de 2024. O rácio dívida financeira líquida / EBITDA estabilizou em 2,5x (2,4x nas contas pró-forma de 2024 e 2,6x nas contas estatutárias de 2024).
Luís Rodrigues, CEO da TAP, considera que “a TAP apresentou uma performance sólida no terceiro trimestre, com um aumento de receitas, impulsionadas por um contributo relevante da Manutenção, resultados operacionais sólidos e um resultado líquido positivo que compensou integralmente as perdas do primeiro semestre, dando assim continuidade ao desempenho do segundo trimestre.”
“Este foi um dos verões mais movimentados dos últimos anos, com maior capacidade, mais passageiros transportados e voos operados” – prossegue o CEO da TAP. “No entanto, foi também um dos mais desafiantes, marcado por pressões concorrenciais persistentes e disrupções operacionais, desde greves, principalmente no handling, e constrangimentos no controlo de fronteiras nos aeroportos nacionais até restrições no espaço aéreo europeu e eventos meteorológicos adversos, que continuam a afetar a nossa operação, exigindo uma forte coordenação e resiliência das nossas equipas para mitigar impactos.”
Luís Rodrigues conclui afirmando que “Durante este trimestre, o nosso acionista aprovou o início do processo de privatização parcial do capital da TAP. Como este processo deverá prolongar-se por vários trimestres, o nosso foco estratégico mantém-se inalterado: transformar a TAP numa empresa sustentadamente rentável e atrativa, consolidando a eficiência operacional e a sustentabilidade financeira, através do nosso compromisso e trabalho diário, com o apoio dos nossos stakeholders e a dedicação das nossas pessoas.”
Em termos de perspetivas para o último trimestre do ano, as reservas mantêm-se robustas, ligeiramente acima do ano anterior, num contexto de aumento da capacidade e de uma clara tendência para janelas de reserva mais curtas. A pressão concorrencial nos principais mercados deverá manter-se, continuando a condicionar a evolução das receitas unitárias. O foco permanece em maximizar a qualidade das receitas nos principais mercados, através de Load Factor fortes, tirando partido da vantagem geográfica e da rede única da TAP para manter a sua posição de liderança.
Apesar dos atrasos na entrega de aeronaves e em toda a cadeia de abastecimento, a estratégia de modernização da frota continua a avançar, com a entrega prevista de uma aeronave Airbus NEO até ao final do ano, contribuindo para uma operação mais eficiente e sustentável. O foco estratégico mantém-se inalterado: reforçar a rede e consolidar sobre a mesma uma Companhia financeiramente sustentável, com uma operação consistente e eficiente.






















































