O Grupo Torel Boutiques tem vindo a crescer no mercado nacional, contando atualmente com seis unidades. À conversa com a Ambitur, João Pedro Tavares, CEO deste grupo hoteleiro, garante que a ambição é continuar a expandir a presença no país, sendo Guimarães e os Açores os próximos destinos.
O que esteve na génese do Grupo Torel?
Já trabalhava na indústria bancária há mais de 20 anos quando decidi mudar de vida. Em 2013, fundei o Torel Palace Lisbon. Os outros hotéis surgiram a partir de 2017, altura em que o grupo de hotéis Torel Boutiques foi fundado.

Que tipo de conceito hoteleiro procuraram criar com esta marca?
A filosofia do grupo Torel Boutiques é contar as histórias de Portugal através dos nossos hotéis, ou seja, dar uma sensação de lugar. Cada hotel tem um conceito distinto relacionado com Portugal, por exemplo, a realeza portuguesa (Torel Palace Lisbon) ou escritores e poetas portugueses (Torel Palace Porto). Queremos que os nossos hóspedes saibam e sintam que estão em Portugal. Tentamos usar o máximo de materiais portugueses possível, e até as amenities são Made In Portugal.
De que forma procuraram diferenciar-se da restante oferta do mercado?
Não vendemos um quarto, criamos uma experiência. O foco da nossa marca está neste conceito forte, na combinação daquilo que acreditamos ser o nosso “superpoder” de conexão com os todos os hóspedes. Dizemos que somos Artesãos de Memórias – “Artisans of Memories” – porque o nosso foco é criar estadias memoráveis – e isso é feito através das emoções.
Quando surgiu a primeira unidade e onde?
Em 2013 em Lisboa, o Torel Palace Lisbon, com 11 quartos na altura.
Neste momento, qual o portefólio do Grupo Torel Boutiques – quantas unidades, em que localizações estão?
São seis unidades distribuídas em três localizações, incluíndo dois restaurantes com estrela Michelin: em Lisboa, o Torel Palace Lisbon (com o restaurante premiado 2Monkeys); no Porto, o Torel Palace Porto (com o restaurante premiado Blind), mas também o Torel Avantgarde, Torel 1884 Suites & Apartments, Torel Saboaria inaugurado recentemente, e ainda no Douro, com o Torel Quinta da Vacaria.

Lisboa, Porto e Douro são os destinos que já têm a marca Torel Boutiques, quais serão os próximos destinos? O Algarve não vos interessa?
Os próximos projetos vão nascer em Guimarães, o Torel Royal Court, e ainda na Terceira, nos Açores, o Torel Terra Brava. “Não vás onde o caminho te pode levar, vai antes onde não há caminho e deixes um rasto.” (Ralph Waldo Emerson)
Quais os vossos objetivos a nível de expansão do grupo em Portugal?
Queremos continuar a criar valor, ou seja, a desenvolver uma oferta de alta qualidade para os nossos clientes, em diferentes localizações portuguesas. A nossa expansão é um crescimento natural, que reflete as oportunidades que fomos recebendo à medida que a nossa marca se vai tornando mais forte.
Existe a possibilidade de expansão internacional?
Neste momento não.
Qual a vossa política a nível de sustentabilidade? De que forma integram as vossas preocupações na gestão do dia-a-dia?
A sustentabilidade começa com a compra de um produto. Tentamos usar o maior número possível produtos de alta qualidade, feitos em Portugal, que durem muito tempo e não precisem de longas viagens de transporte. Os nossos hotéis são praticamente isentos de plástico e só usamos plástico mesmo onde é necessário, por razões de higiene. Tentamos também poupar o máximo de energia possível, através de retentores de água e de outros mecanismos.
A dificuldade de manter e ter recursos humanos neste setor continua em cima da mesa? Também sentiram este problema na pele? De que forma procuram ultrapassar estas questões?
O recrutamento é um desafio em toda a indústria hoteleira. O nosso grande objetivo é que a nossa equipa continue connosco o máximo de tempo possível, que cresça connosco, e nisso temos muita sorte porque temos uma equipa muito fiel. Neste momento, somos cerca de 240 pessoas.
Por Inês Gromicho






















































