O Grupo Vila Galé apresentou este fim-de-semana um novo hotel em Elvas, no Alentejo, pronto para ser inaugurado mas sem poder marcar data de abertura devido a entraves colocados pela Património cultural IP. Trata-se de mais uma reabilitação de património histórico, um dos 18 projetos de recuperação que o grupo português tem no seu “currículo invejável”, conforme explicou Jorge Rebelo de Almeida, presidente da Vila Galé, em conferência de imprensa. Reconhecendo que “recuperar património histórico é mais difícil, mais arriscado, mais trabalhoso e mais caro”, o hoteleiro lamentou as dificuldades que tem enfrentado em alguns destes projetos, lembrando que, no caso do Vila Galé Casas d’Elvas, se tratou da recuperação das casas da antiga fábrica da ameixa e dos ex-edifícios do aljube eclesiástico e do conselho de guerra, que se encontravam em total estado de abandono e destruição.
Num investimento de seis milhões de euros, nasceu uma unidade hoteleira com 44 quartos, piscina panorâmica, restaurante Massa Fina e salão de eventos, preparada para ser complementar ao já existente Vila Galé Collection Elvas. Jorge Rebelo de Almeida explicou aos jornalistas que, com esta nova unidade “vamos valorizar a oferta do centro histórico de Elvas”, admitindo que o Vila Galé Casas d’Elvas era “inviável” sem o já existente Vila Galé Collection Elvas, o empresário adianta ainda que embora vá ser “mais difícil vender este hotel”, “há nichos de clientes que não procuram um quarto igual a todos os outros”. E lembra que, nos primeiros anos, também o Vila Galé Évora foi difícil e hoje “poderíamos fazer mais quartos e temos capacidade para isso”.
Jorge Rebelo de Almeida referiu ainda que a “invasão” de novos mercados como o Brasil e os EUA é importante para o novo hotel, adiantando que é fundamental apostar mais no mercado americano.
Por outro lado, fez questão de frisar que “o nosso caminho não é o do preço barato”, garantindo que “temos que apostar na qualidade e que trabalhar na excelência”.
Por sua vez, também Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador do grupo, concordou que “os mercados mais longínquos têm tido mais apetência para descobrir estes produtos”, até porque vêm por mais tempo e encaram as distâncias de forma diferente. Mas reconhece que o mercado português continua a ser aquele que melhor responde a este tipo de produto. Na verdade, explicou, “temos alguma experiência de ter lançado alguns destinos que não estavam no mapa” e acredita que “este é um trabalho que nos diferencia dos outros”.
Por Inês Gromicho





















































