Já são conhecidos os nomeados para os prémios Xénios 2025, da ADHP – Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal. A Ambitur decidiu conversar com cada um dos nomeados para conhecer melhor o seu percurso e perceber o que os motiva na Hotelaria. Tomás Soares Pires, diretor do Vila Galé Évora, está nomeado para Melhor Diretor de Hotel.
O que significa estar nomeado para os Xénios 2025?
Estar nomeado para os Xénios 2025 é o reconhecimento do trabalho de um coletivo que somos na Vila Galé. Todos os dias, trabalhamos em prol de superar as expectativas do nosso cliente. Tarefa essa, que ano após ano, se torna mais desafiante. Num momento em que cada vez mais o cliente está mais viajado e a distância de um clique já esta a criar uma expectativa, um simples momento nos nossos hotéis, não torna a sua estadia memorável, pelo que, todos os dias temos de utilizar o que de melhor temos, a nossa simpatia, entrega, dedicação e disponibilidade em irmos sempre um pouco mais à frente. Por isso, embora seja individual, estamos TODOS muito orgulhos pelo reconhecimento e nomeação.
E o que significa ser o Melhor Diretor de Hotel?
Ter ao meu lado uma equipa que todos os dias se esforça para se superar a si própria. É inegável que este reconhecimento só aparece porque todos os dias tenho ao meu lado uma equipa, uma família e uma empresa que é a Vila Galé, que me apoiam, me capacitam e confiam nas minhas decisões. Esta nomeação. só por si, já eleva a minha responsabilidade de ponderar ainda mais cada passo que damos, com a consciência que todos confiam que juntos estamos a ir mais longe.
Porquê trabalhar em Hotelaria?
Porque SIM! Se para muitos chegar aos 25 anos ainda sem saber o que vão agarrar como projeto de vida laboral seja algo normal, eu desde que me conheço sempre quis viver o mundo da hotelaria. Quando tinha a oportunidade de entrar no mundo do faz de conta, eram as personagens dos hotéis que eu gostava de personificar. Portanto nunca houve um porquê de não ser, ou um talvez de não ir. Sempre foi claro que esta vida hoteleira, era o meu projeto de vida laboral para ser feliz.
Qual tem sido o seu percurso neste setor e de que forma contribuiu para esta nomeação?
Julgo que o maior segredo está primeiro, como disse acima, na clareza de saber que é nos hotéis que eu sou feliz. Mas talvez a minha decisão desde jovem de poder carregar bandejas de copos sem ter medo de poder a vir partir todos, como aconteceu algumas vezes, seja a chave para um jovem já não ser considerado Jovem Diretor, mas sim o Melhor Diretor.
A Vida é feita de oportunidades, mas nós devemos ir à procura dos desafios. A vida estudantil foi um verdadeiro desafio. Sou disléxico e sempre pareceu longe a oportunidade de acabar os estudos e entrar no mundo do trabalho. Tive de aprender a empenhar-me, concentrar-me e a dedicar-me para superar cada etapa da vida académica. Mas conclui e entrei no ensino superior em Gestão Hoteleira. No segundo ano, parei os estudos, estava a precisar da adrenalina da operação e perceber dentro deste tão vasto mundo que é hotelaria que parte eu gostava mais. Aí surgiu a oportunidade de vida, fazer um estágio 360 num hotel de 5 estrelas. Sem segredos e facilidades, mês apos mês, ir passando por cada secção do hotel, apoiar cada equipar e garantir que me descubro enquanto profissional da hotelaria. Está claro o que aconteceu, eu gostei de todos os departamentos, não houve um que eu dissesse que não queria. E por isso por lá fui ficando no hotel, na secção do Restaurante, pois o hotel tinha muitos eventos, nunca era demais ter um jovem cheio de vontade para ajudar e servir nos eventos.
Mas faltava-me o desafio. Por isso voltei ao que mais fugia, a escola. Fui para a escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa tirar o curso no segmento em que me sentia mais fraco dentro da hotelaria, o Alojamento. Durante três semestre tive a oportunidade de consolidar conhecimentos, mas acima de tudo, de absorver muitas experiências de vida. Pelo meio, tive de fazer mais um estágio e optei por fazer numa unidade hoteleira no Alentejo. Nesta optei por me focar a 100% na Receção.
Quando acabei o curso, saí com trabalho, ia desempenhar a função de Gest Service e Duty Manager numa unidade de 5 estrelas em Lisboa. Estar afeto a um só departamento não me estava a fazer sentir completo, pelo que, com 23 anos, agarrei a oportunidade de entrar para o segundo maior grupo a nível nacional, a Vila Galé Hotéis, como assistente de direção. Com 27 anos, assumi a minha primeira unidade hoteleira no Grupo Vila Galé, como diretor. O Vila Galé Collection Praia era um projeto pequeno, mas 1000000% focado no cliente. Já passei pelo Vila Galé Clube de Campo e agora estou no Vila Galé Évora há dois anos. Tem sido muito gratificante cada conquista que temos alcançado e cada desafio que vamos superando.
Que mensagem gostaria de deixar aos jovens que estão agora a estudar para trabalhar na indústria hoteleira?
Procurem a vossa felicidade dentro deste tão grande mundo que é a hotelaria. Para isso, procurem cedo expor as vossas dúvidas e irem construindo um caminho sólido, numa indústria que não para de crescer e que conta com os jovens, para acrescentarem ainda mais valor a este fantástico mundo que é a hotelaria.






















































