“Estratégias de vendas para o sucesso hoteleiro” foi um dos painéis do segundo dia do XXI Congresso da ADHP, que juntou Carla Salsinha, presidente da Entidade Regional de Turismo de Lisboa, Rui Ribeiro da Booking.com, Duarte Rodrigues das Aldeias Históricas de Portugal, e João Luís Moita da Tiger Team.
Neste debate começou-se por destacar a dimensão da região de Lisboa no que diz respeito ao Turismo e ao setor hoteleiro, sendo que todos os municípios têm pelo menos um hotel, que é dos fatores principais para a atração de turistas.

Outro desafio apontado foi a mobilidade, além da necessidade de maior promoção de alguns eventos, tanto no mercado interno como no mercado espanhol.
Na região de Lisboa, o contributo do turismo é de 26%, sendo que só para a cidade lisboeta é de 39%. O contributo do setor para o emprego na região é de 22%, e na cidade é de 43% – dados que Carla Salsinha considerou relevantes para combater o atual fenómeno do “anti-turismo”.
A ERT Lisboa avançou ainda com os Planos de Comercialização e Venda (PCV) para apoiar empresas a fundo perdido nos territórios menos desenvolvidos. Até ao momento, a entidade já investiu 2,5 milhões de euros.
Neste painel também interveio Rui Ribeiro da Booking.com, que explicou como os fluxos turísticos são cada vez mais mutáveis, essencialmente devido aos conflitos globais que o mundo tem assistido. Mesmo assim, até à data, continua a haver uma “grande incidência de reservas”, mas também uma “maior procura por programas de flexibilidade”.
O objetivo da plataforma é apresentar cada vez mais alternativas para todos os tipos de pessoas, visto que o mercado nacional, por exemplo, “é muito sensível ao preço”. Albufeira, Portimão e Monte Gordo continuam a ser os destinos locais mais procurados pelos portugueses, sendo Benirdorm e Palma de Maiorca os internacionais mais requisitados.
Apesar do crescimento das reservas diretas, Rui Ribeiro garantiu que 4 em cada 10 reservas diretas feitas, o cliente passou primeiro pela Booking para verificar preços e reviews, até porque a plataforma está cada vez mais preocupada com a personalização do serviço. Nos EUA até já existe uma AI Trip Planner, uma integração da inteligência artificial no serviço que é um aspeto diferenciador.
Por sua vez, Duarte Rodrigues das Aldeias Históricas de Portugal, referiu que a sua proposta “precisa de comercialização” porque isso é que “traz riqueza ao território”, além de ser fundamental uma “confiança entre todos os parceiros”, desde o hotel, ao restaurante e ao operador turístico.
Noutro ponto, firmou a crescente importância da sustentabilidade para o setor turístico e hoteleiro, deixando o desafio à Booking.com de um filtro próprio para experiências mais amigas do ambiente.
Outro orador foi João Luís Moita da Tiger Team, empresa da área do MICE que está direcionada para as grandes operações. Na sua intervenção, pediu mais colaboração aos hoteleiros para a organização de eventos que levam grandes grupos, essencialmente os internacionais.
Sentindo uma “menor proximidade entre os DMC’s e a direção comercial dos hotéis”, o responsável ainda mencionou outro desafio que é a fixação do preço dos quartos nas unidades, faltando o entendimento dessa parte sobre a necessidade de uma grande antecedência na organização.
Noutro ponto, João Luís Moita provocou a ERT Lisboa, mencionando a falta de um Centro de Congressos “com dimensões apropriadas” na capital, para receber grandes eventos que acabam por se instalar noutros países. A isto, Carla Salsinha garantiu que estão a ser feitos todos os esforços para a infraestrutura avançar.
O XXI Congresso da ADHP decorreu durantes os dias 20 e 21 de março, no INATEL Caparica, em Almada.
Por Diana Fonseca, no XXI Congresso da ADHP






















































