Em março de 2025, o setor do alojamento turístico registou 2,3 milhões de hóspedes e 5,6 milhões de dormidas, correspondendo a diminuições de 0,1% e 3,0%, respetivamente (+0,5% e -2,5% em fevereiro, pela mesma ordem), segundo os dados divulgados hoje pelo INE.
As dormidas de residentes totalizaram 1,7 milhões, tendo crescido 2,4% (-1,2% em fevereiro). Os mercados externos apresentaram um decréscimo de 5,2% (-3,1% em fevereiro), alcançando 3,9 milhões de dormidas.
Polónia destacou-se com crescimento de 35,9% em março
Os 10 principais mercados emissores, em março, representaram 73,8% do total de dormidas de não residentes neste mês, com o mercado britânico a manter a liderança (16,5% do total das dormidas de não residentes em março), apesar do decréscimo de 4,6% face ao mês homólogo.
As dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor em março (13,5% do total), diminuíram 7,5%. Seguiu-se o mercado norte americano, na 3ª posição (quota de 9,5%), com um crescimento de 0,5%.
No grupo dos 10 principais mercados emissores em março, o mercado polaco registou o maior crescimento (+35,9%), seguido pelo canadiano (+11,4%). Nos decréscimos, destacou-se a variação do mercado espanhol (-37,0%).
Maiores decréscimos das dormidas registados no Algarve e no Oeste e Vale do Tejo
Em março, as regiões registaram evoluções distintas nas dormidas, com os maiores aumentos a serem registados na RA Açores (+6,0%) e na Península de Setúbal (+3,6%). O Algarve registou o maior decréscimo (-8,7%), seguindo-se o Oeste e Vale do Tejo (-5,2%).
As dormidas de residentes registaram aumentos mais expressivos na RA Madeira (+18,9%), destacando-se ainda o crescimento da Península de Setúbal (+12,8%). Em sentido contrário, o Algarve apresentou o decréscimo mais expressivo (-16,0%), tendo-se observado diminuições também no Oeste e Vale do Tejo e no Alentejo (-1,0% em ambas).
As dormidas de não residentes registaram decréscimos em todas as regiões, exceto na RA Açores (+1,9%). As maiores diminuições observaram-se no Centro (-15,6%) e no Alentejo (-9,5%).
Estada média continuou a decrescer em março
Em março, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,41 noites) continuou a diminuir (-3,0%, após -2,9% em fevereiro). Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na RA Madeira (4,57 noites) e no Algarve (3,68 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,60 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,70 noites).
Em março, as estadas médias decresceram, -1,8% nos residentes (1,76 noites) e -2,3% nos não residentes (2,86 noites).
A RA Madeira registou as estadas médias mais prolongadas, quer dos não residentes (5,02 noites) quer dos residentes (3,04 noites).
Taxas líquidas de ocupação decresceram em março
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (39,8%) diminuiu em março (-2,0 p.p., após -0,5 p.p. em fevereiro). A taxa líquida de ocupação-quarto (50,5%) registou também um decréscimo, -1,1 p.p. (+0,1 p.p. em fevereiro).
Todas as regiões registaram decréscimos da taxa líquida de ocupação-cama, tendo as maiores variações sido registadas no Algarve (-2,7 p.p.), Alentejo (-2,2 p.p.) e na Grande Lisboa (-2,1 p.p.). As taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na RA Madeira (65,2%), seguida da Grande Lisboa (54,0%), enquanto as mais baixas ocorreram no Alentejo (25,4%) e no Centro (27,1%).
Proveitos relativos a aposento decresceram em março
Os proveitos totais aumentaram em março (+0,3%), enquanto os relativos a aposento recuaram 0,4% (+3,7% e +3,3% em fevereiro, pela mesma ordem), atingindo 406,9 e 302,1 milhões de euros, respetivamente.
A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (34,6% dos proveitos totais e 36,7% dos proveitos de aposento), seguida do Norte (16,6% e 16,9%, respetivamente) e do Algarve (16,5% e 15,3%, pela mesma ordem).
Os aumentos de proveitos mais expressivos ocorreram nas Regiões Autónomas da Madeira (+16,5% nos proveitos totais e +18,1% nos de aposento) e dos Açores (+12,3% e +11,0%, pela mesma ordem). As regiões que apresentaram decréscimos foram o Algarve (-9,9% e -11,0%, respetivamente), o Alentejo (-3,8% e -6,4%, pela mesma ordem) e a Grande Lisboa (-3,8% e -4,6%, respetivamente).
RevPAR e ADR diminuíram
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 48,7 euros em março, registando uma diminuição de 2,1% (+4,5% em fevereiro). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 96,5 euros (-0,1%, após +4,4% em fevereiro).
O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (85,5 euros), seguindo-se a RA Madeira (83,0 euros), que registou também o maior crescimento (+16,1%). Os maiores decréscimos registaram-se no Algarve (-9,7%) e no Alentejo (-8,5%).
A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (124,1 euros), seguida da RA Madeira (108,5 euros), tendo esta última apresentado o maior crescimento neste indicador (+14,2%).
Maioria dos principais municípios registou decréscimo das dormidas em março
O município de Lisboa concentrou 23,3% do total de dormidas, atingindo 1,3 milhões (-2,5%, após -6,5% em fevereiro). As dormidas de residentes aumentaram 7,4% e as de não residentes recuaram 4,1%. Este município concentrou 28,2% do total de dormidas de não residentes em março.
O Funchal foi o segundo município com maior número de dormidas (504,5 mil dormidas, peso de 9,1%) e registou um decréscimo de 2,1% (-0,8% em fevereiro). As dormidas de residentes registaram um aumento (+20,9%), enquanto as de não residentes diminuíram 5,6%. Este município concentrou 10,8% do total de dormidas de não residentes em março.
No Porto, as dormidas totalizaram 481,7 mil (8,7% do total), tendo-se observado uma diminuição de 1,1% (+0,6% em fevereiro), em resultado da dinâmica dos não residentes (-3,8%), dado que as dos residentes cresceram 13,6%.
Entre os 10 principais municípios, destacaram-se ainda Cascais (1,8% do total), com um decréscimo de 17,6% (+5,0% nos residentes e -24,6% nos não residentes) e Albufeira (6,5% do total), com uma descida de 17,3% (-40,3% nos residentes e -12,6% nos não residentes).





















































