Embora a época alta do verão já tenha ficado para trás, o desejo de viajar permanece forte por toda a Europa. 66% dos europeus está a planear viagens até março de 2022, com a confiança a crescer para os próximos meses, indica o último relatório da European Travel Comission (ETC).
Pela primeira vez desde outubro de 2020, os planos de viagem dos europeus estão distribuídos de forma equilibrada ao longo dos próximos seis meses: 26% preferem viagens entre outubro e novembro; 28% entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022; e 25% irão viajar entre fevereiro e março de 2022. Estes resultados indicam que cada vez mais europeus deixam de estar em “modo de espera” para viajar e sentem-se muito mais seguros em embarcar em viagens espontâneas.
Com o sentimento em relação a viagens a continuar a melhorar e as restrições a apresentarem-se como o novo normal, os europeus prontos a viajar estão mais decididos a cumprir os seus planos de viagem (mais 39% face ao último inquérito), em vez de esperarem ou adiarem.
City breaks na Europa
As escapadinhas dentro da Europa estão agora no topo das prioridades, indicando um conforto cada vez maior em viajar para fora do seu país: mais de um em cada dois europeus com planos de viagem a curto prazo vai para outros países europeus, um aumento de 41% desde setembro de 2020. As preferências por viagens domésticas (32%) diminuíram 18% nos últimos 12 meses. Os destinos mediterrânicos estão mais bem posicionados na “wish list” de destinos dos viajantes, com Espanha e Itália (ambos 9%), França (8%) e Grécia (7%) no topo das preferências.
O desejo de city breaks (18%) atingiu agora um pico para 2021 com um crescimento de 43% desde o verão, embora a atração por férias no litoral continue forte. Em simultâneo, o planeamento de viagens está a tornar-se cada mais last-minute, já que somente 29% dos europeus com planos de viagem para outubro ou novembro reservaram a sua viagem. Um número que cai para 15% entre aqueles que viajam mais tarde em 2021. O maior interesse por city breaks e reservas last minute é outro indicador do regresso gradual à normalidade na direção de viagens mais espontâneas num futuro próximo, diz a ETC.
As city breaks aumentam com a crescente popularidade de viagens curtas de até três noites (30% dos viajantes de city breaks). Reduzir a extensão da viagem também afeta os orçamentos, já que a percentagem de viajantes que pretende gastar até 500 euros na sua viagem cresce 20% face ao último inquérito, em detrimento de níveis elevados de gastos (1000 euros ou mais).
Preferência por viagens aéreas aumenta
Apesar de uma hesitação que persiste em relação às viagens aéreas, mais de 50% dos europeus dispostos a viajar querem agora fazê-lo de avião (um aumento de 13% em relação ao estudo anterior). Outro sinal do aumento da confiança do consumidor em recorrer a voos comerciais para otimizar o tempos de viagem.
Apesar da sua vontade crescente de viajar nos próximos seis meses, 63% dos europeus continuam a considerar importante haver protocolos de saúde e segurança no destino, já que isso faz com que se sintam mais confortáveis e capazes de desfrutar da viagem. Os destinos e as empresas turísticas devem assim, diz a ETC, tranquilizar os viajantes através de medidas eficazes contra a Covid-19, sobretudo em relação às aéreas de maior preocupação: viagens aéreas, transportes no destino e atrações locais.
